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Desertificação: o que é, como acontece e as consequências desse processo

A desertificação é reflexo do processo de degradação contínua do solo, e apresenta riscos ao meio ambiente

28 out 2024 - 05h01
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Caatinga é uma das áreas afetadas pela desertificação
Caatinga é uma das áreas afetadas pela desertificação
Foto: Getty Images/Cacio Murilo de Vasconcelos

A desertificação é uma consequência do processo de degradação contínua do solo em áreas áridas, semiáridas e subúmidas secas. Resultado de atividades humanas e mudanças climáticas, o fenômeno causa a perda da qualidade e, consequentemente, a improdutividade das terras afetadas.

Queimadas, práticas de agricultura com o uso incorreto do solo e fenômenos climáticos como longos períodos de estiagem são alguns dos fatores que causam a desertificação. As consequências do problema vão além da simples ausência de fertilidade do solo. 

Toda a cadeia de fatores da desertificação leva o alerta para pontos como o aumento da desigualdade social, por exemplo. Algumas medidas, no entanto, podem ajudar no combate ao fenômeno. 

O que é desertificação?

A desertificação ocorre com o processo de degradação do solo devido às variações climáticas e atividades humanas contínuas em zonas áridas, semiáridas e subúmidas secas. Como resultado, essas terras antes férteis param de reter água e, consequentemente, ficam improdutivas, perdendo também a capacidade de regeneração.

No Brasil, a desertificação pode acontecer em dez estados da região semiárida do Nordeste brasileiro, em municípios no Norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Ao todo, essas áreas compreendem 1.340.863 km2, incluindo 1.488 municípios, segundo dados do Instituto Nacional do Semiárido - INSA.

Como acontece a desertificação?

O fenômeno de desertificação pode ocorrer pela ação humana ou por motivos naturais. Pelas mãos do homem, o desmatamento, queimadas, falta de rotação do solo na agricultura, uso de fertilizantes, exploração desenfreada de recursos naturais e práticas pecuárias exageradas.

Mudanças climáticas e eventos como períodos de estiagem também são causas que reforçam esse processo de degradação do solo. 

A desertificação ainda pode ser agravada por fatores como concentração de terra, renda, biodiversidade, água, meios de produção e alta densidade demográfica, de acordo com o INSA.

Quais as consequências da desertificação?

As principais consequências do processo de desertificação são a improdutividade do solo e a perda de biodiversidade. Esses fatores, porém, acarretam em uma série de outros problemas.

Sem o cultivo no solo, famílias perdem fonte de renda e, também, de alimentação. Com a redução da renda, a região que enfrentou a desertificação começa a lidar com maiores problemas sociais e com a piora na qualidade de vida.

Diante da falta de soluções na região, os moradores passam a viver um êxodo para centros urbanos. Muitas vezes sem condições financeiras e instrução, se estabelecem em áreas periféricas.

Como evitar a desertificação?

Por ser causada principalmente pela ação do homem, algumas medidas podem ser tomadas no combate à desertificação. Para isso, a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (UNCCD, sigla em inglês) foi criada em 1994.

Redução e fim do desmatamento e prática de queimadas, medidos de reflorestamento, uso de técnicas de agricultura menos agressivas e manejo sustentável de recursos naturais são algumas das práticas que diminuem e até evitam a desertificação.

Fonte: Redação Terra
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