Congresso de energia reúne cerca de 800 mulheres em BSB
O II Congresso Brasileiro de Mulheres da Energia reuniu renomadas palestrantes do setor de energia do país
Existem profissões no mercado brasileiro que são vistas como exclusivamente masculinas. A Engenharia Elétrica é uma delas. Segundo a pesquisa FESA Executive Search, realizada em 2021, mulheres representam 19% dos empregados do setor elétrico e ocupam apenas 6% dos cargos de liderança.
Nos dias 7 e 8 de março, Brasília apresentou um cenário surpreendente que promete romper com esses números: cerca de 800 mulheres se reuniram para debater os desafios e perspectivas do setor de energias renováveis no Brasil, bem como a equidade de gênero nesse mercado. No palco, mulheres integraram com exclusividade a programação de palestras e painéis. Foram cerca de 45 conferencistas - que atualmente ocupam cargos de chefia no setor -, compartilhando experiências e conhecimentos técnicos, para com o público predominantemente feminino.
A Climatempo, grande apoiadora do evento e do movimento de equidade entre homens e mulheres, colaborou por meio de duas palestras relevantes, trazendo em pauta a temática de mudanças climáticas aplicadas ao setor de energia, apresentada por Patrícia Madeira (CEO da Climatempo e eleita uma das 100 pessoas mais influentes no segmento de energia em 2018 pela revista Full Energy) e Lara Marques (especialista solar do setor de energia da Climatempo).
"Foi um evento muito lindo e de uma qualidade impecável (conteúdo e estrutura). Sou imensamente agradecida pela organização deste evento que traz luz ao protagonismo das mulheres do setor e grata também pelas mulheres que vieram antes de mim e trilharam todo esse caminho para que novas mulheres tenham ainda mais oportunidades e visibilidade. Espero que, com minha pequena contribuição em meio a tantas mulheres incríveis, eu tenha conseguido trazer a importância e o senso de emergência para caminharmos para uma transição energética mais acelerada e segura, visando minimizar a intensificação das mudanças climáticas e reverter os cenários previstos considerando as condições atuais." disse Lara Marques, especialista solar da Climatempo Energia.
Os avanços e as transformações das relações de gênero no setor de energia estiveram presentes em todos os debates. Os temas propostos nos painéis foram: desafios no setor de energia, abertura do mercado livre, o papel das associações na transição energética, inovações no setor, o futuro do marketing de energia, gerenciamento do marketing pessoal, o futuro do setor de energia, diversidade e inclusão no setor de energia, entre outros.
Na abertura do evento, Lúcia Abadia, idealizadora e organizadora do Congresso, ressaltou a importância das mulheres se unirem e estarem mobilizadas para acelerar a equidade entre homens e mulheres. Silla Motta, gerente comercial da BBCE (Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia), também apontou o problema da desigualdade de gênero. "O Brasil ocupa a 94ª posição mundial em equidade de gênero. Somente 14 países possuem leis de igualdade de gênero, com destaque para a Islândia. Uma das principais razões é a adesão à licença paternidade, o que possibilita aos homens auxiliarem as mulheres nos cuidados com os filhos", complementou.
No Dia Internacional da Mulher, 8, e segundo dia de evento, o Congresso Brasileiro Mulheres da Energia promoveu um profundo debate sobre a inclusão energética, o mercado livre de energia e a transição energética. Uma das mulheres mais influentes internacionalmente do setor, a CEO da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, falou sobre os desafios sociais do setor energético do Brasil. "Não estamos aqui falando só de inclusão de gênero, mas de inclusão social que passa pelo tema da pobreza energética e também de raça", disse Elbia, apontando a educação como caminho para a resolução do problema: "o Brasil só vai conseguir sair desse círculo vicioso com a educação", argumentou a gestora.
A segunda edição do Congresso Brasileiro de Energia da Mulher terminou com uma linda festa, regada a coquetel volante e muita música em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Na ocasião, Lúcia Abadia anunciou a próxima edição do Congresso, que será em São Paulo, no mês de agosto. "Fechamos o evento com chave de ouro e a certeza de que 2023 trará um evento ainda maior e com o mesmo nível técnico das atividades. O meu muito obrigada a todas as mulheres que fizeram parte desse sonho", finalizou.
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