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ENOS: O fenômeno do Século

De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o fenômeno La Niña chega oficialmente ao fim.

15 mar 2023 - 13h32
(atualizado às 16h36)
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De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o fenômeno La Niña chega oficialmente ao fim depois de atuar desde o segundo semestre de 2020, e informa também que as anomalias de temperaturas da superfície do mar na região tropical do oceano Pacífico apontam para um período de neutralidade. Mas antes de tudo, o que é ENOS? E La Niña?

A Oscilação Sul ou ENOS é um modo natural do sistema acoplado oceano-atmosfera com oscilações  de 2 a 7 anos entre suas fases quente (El Niño) e fria (La Niña) e capazes de afetar o clima a nível global. O El Niño (La Niña) é caracterizado pelo aquecimento (resfriamento) anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical, no qual o El Niño causa secas (chuvas excessivas) sobre o norte e nordeste (sul e sudeste) da América do Sul. Já a La Niña causa o padrão inverso. 

Essa variabilidade do padrão de precipitação associado às fases quentes ou frias do ENOS o torna um fenômeno de extrema importância para os os mais variados setores, além de poderem causar diversos prejuízos socioeconômicos e ambientais às regiões afetadas. Setores como o de energia são fortemente afetados dependendo da fase atuante.

Em anos de El Niño, a geração das hidrelétricas tende a ser favorecida na região Sul do Brasil, visto que temos o aumento das chuvas, ao mesmo tempo em que são desfavorecidas sobre o nordeste brasileiro, o que favorece a geração de energia eólica na região. Lembrando ainda, que, os eventos podem ter impactos menores ou maiores dependendo da intensidade, ou seja, um evento forte pode causar secas mais severas como foi o caso do EL Niño 2015/16 de teve efeitos devastadores ao redor do mundo, em especial sobre a região do Baixo Tapajós na Amazônia, com secas e incêndios florestais.

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É inegável que esse é um evento cujos impactos possuem grande alcance, e pelos motivos apresentados, devemos ficar de olho no seu monitoramento. A pluma mais recente do Instituto Internacional de Pesquisa para Clima e Sociedade (IRI) indica condições de neutralidade sobre o Oceano Pacífico como mencionado anteriormente, que devem persistir até o fim outono do Hemisfério Sul, com formação do EL Niño 2023 a partir do inverno.

Foto: Climatempo

Por Tabata Macêdo e CAMet - UEA (Centro Acadêmico de Meteorologia da Universidade do Estado do Amazonas) 

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