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Relação do Super El Niño com o Setor Energético

De acordo com relatórios e previsões feitas pelo NOAA, o fenômeno El Niño começa a se formar em nosso planeta.

30 jun 2023 - 13h32
(atualizado às 17h22)
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 Imagem: Getty Images

De acordo com relatórios e previsões feitas pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), o fenômeno El Niño começa a se formar em nosso planeta. O fenômeno, El Niño Oscilação-Sul (ENOS), consiste num evento periódico de aquecimento e resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, respectivamente. No caso da fase quente (El Niño), a mesma gera mais calor no verão e um inverno menos rigoroso, além de outras especificidades em cada canto do mundo.

Foto: Climatempo

 Figura 1: Fenômeno El Niño Oscilação-Sul, MetSul.

Nos últimos três anos, sob influência da La Niña (fase fria), ocorreu desaceleração temporária das altas taxas de aquecimento do planeta. Entretanto, com a chegada do El Niño, espera-se que os termômetros voltem a subir, conforme foi observado no último evento de super El Niño, ocorrido em 2015 e 2016, onde uma intensa estiagem afetou  o Nordeste, o Norte e uma faixa do Centro-Oeste, além de fortes chuvas no Sul.

No Brasil, as principais consequências do El Niño incluem secas no Norte e Nordeste e grandes temporais na Região Sul, influenciando em diversos setores. Os estudos da NOAA também indicam que o este evento de El Niño que está se formando agora pode ser de caráter forte ou muito forte, ou seja, quando as anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) no Pacífico equatorial atingem um valor acima de  1,5℃. Além disso, a expectativa é de uma transição acelerada entre as fases fria e quente do fenômeno, o que pode acentuar ainda mais suas consequências e impactos no continente.

Uma das consequências que a fase quente do fenômeno gera, é o aumento da demanda do consumo elétrico por parte da população, causando um impacto aos principais reservatórios que se encontram em Minas Gerais, Goiás e Pará, e acabam sendo afetados por uma estiagem, e tendência a um menor volume de abastecimento durante este período.

Em escala continental, o El Niño também impacta de forma negativa nas hidrelétricas americanas, especialmente na América Central. De acordo com a Entidade Operadora Regional (EOR), países como a Nicarágua, Costa Rica e Panamá estão desde de maio "guardando" energia para momentos de maior demanda no futuro, contudo, o país que mais sofre dessa crise na região é Honduras, podendo afetar diretamente e gravemente no PIB do país. A Climatempo Energia já abordou mais do fenômeno climático no setor hidrelétrico e seus efeitos, e você pode conferir clicando aqui.

CA: UFRJ

Autor Principal: Pedro Paganoto

Demais Autores: Membros do CA UFRJ

Referências:

https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2023/06/08/el-nino-chegou-condicoes-para-o-fenomeno-sao-confirmadas-e-duvida-e-se-teremos-um-super-el-nino-entenda.ghtml

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c14n1d7dlexo

https://www.folhape.com.br/noticias/fenomeno-el-nino-reduz-geracao-de-energia-na-america-central/274435/

https://metsul.com/atmosfera-comeca-a-apresentar-sinais-de-el-nino-no-pacifico/ 

https://origin.cpc.ncep.noaa.gov/products/analysis_monitoring/ensostuff/ONI_v5.php 

Climatempo
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