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Estudo revela que estrelas semelhantes ao Sol têm superexplosões a cada século  

Pesquisadores levantam a possibilidade de que um novo evento possa ocorrer a qualquer momento e de possíveis impactos na Terra

18 dez 2024 - 15h39
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Ilustração mostra superexplosão em estrela semelhante ao Sol
Ilustração mostra superexplosão em estrela semelhante ao Sol
Foto: Alexey Chizhik

Um estudo recente publicado na revista Science sugere que um fenômeno solar de grande magnitude pode acontecer em breve: trata-se do "superflare", uma explosão energética de enorme intensidade observada em estrelas semelhantes e próximas ao Sol. Esse evento pode ter impactos na Terra, já que libera até mil vezes mais energia do que uma explosão solar comum, de acordo com os pesquisadores.  

Os pesquisadores utilizaram dados obtidos pelo telescópio espacial Kepler, da NASA, entre 2009 e 2013, para observar 56.450 estrelas semelhantes ao Sol. Durante o estudo, foram registradas 2.889 supererupções em 2.527 dessas estrelas.  

Antes, pensava-se que esses eventos ocorriam a cada mil a dez mil anos. No entanto, a pesquisa revelou que, na realidade, eles acontecem com uma frequência de pelo menos uma vez a cada século. Valeriy Vasiliev, principal autor do estudo e pesquisador envolvido, afirmou que eles ficaram surpresos ao descobrir que essas explosões são tão frequentes.

Os achados sobre a frequência do fenômeno chamaram a atenção dos especialistas, pois o último grande evento solar registrado aconteceu há mais de 165 anos, o que levanta a possibilidade de que um novo evento possa ocorrer a qualquer momento.

Segundo o jornal La Nación, o serviço meteorológico Meteored alerta que esses fenômenos podem ter consequências “significativas” para o planeta. Embora a intensidade seja muito maior caso o evento venha diretamente do Sol, ele pode afetar consideravelmente o uso da tecnologia. É frequente que falhas em redes elétricas e sistemas de comunicação por satélite ocorram simultaneamente, além de poderem resultar em apagões em larga escala.  

Os especialistas apontaram duas fases principais em um evento dessa magnitude. A primeira envolve a sobrecarga das infraestruturas, quando as partículas carregadas geram correntes elétricas em redes essenciais. A segunda diz respeito às ejeções de massa coronal, que liberam grandes volumes de plasma solar e campos magnéticos, capazes de prejudicar transformadores elétricos e cabos subaquáticos vitais para a transmissão de Internet.

O meio ambiente também pode ser impactado. Este ano, várias tempestades solares intensas (embora de menor magnitude que uma supererupção) causaram auroras visíveis em regiões com latitudes bem mais baixas do que o normal. Historicamente, episódios mais fortes têm deixado marcas nos anéis de crescimento das árvores e nas camadas de gelo glaciais. Especialistas de diversas partes do mundo estão se dedicando ao desenvolvimento de sistemas de alerta antecipado para prevenir tais eventos, com o objetivo de fortalecer as infraestruturas elétricas e de telecomunicações.  

Fonte: Redação Terra
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