Flor ‘gigante’ da época dos dinossauros pode custar R$ 150 e tem mudas raras; conheça
A protea, considerada uma das flores mais antigas do mundo, é originária da África do Sul
A protea é considerada uma das flores mais antigas do mundo, existindo desde a época dos dinossauros. Originária da África do Sul, a flor é característica por ser grande e imponente. No Brasil, o cultivo começou há cerca de 20 anos e as mudas são raras. Toda essa exclusividade também tem um custo: uma unidade da flor, já cortada, pode custar em torno de R$ 150.
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O Terra conversou com a florista Nathalia Lage, que é dona de uma das lojas que comercializa a protea no Brasil. Ela explicou que o valor da flor depende de seu tamanho, da época do ano, e da espécie de flor em questão. A ‘protea king’, que é uma com maiores flores entre as espécies, custa em torno de R$ 150. Já outros tipos, menores, variam entre R$ 50 e R$ 70 a unidade.
“A protea é uma flor super exótica e não tem um custo barato. É procurada pontualmente por pessoas que se interessaram pela flor, que querem ver de perto. É uma flor muito forte, que remete a muita força. É muito única”, comenta Nathalia.
A flor tem uma boa durabilidade. E além de chamar a atenção em seu auge, também continua bonita quando desidratada, explica a florista.
Cultivo atencioso
A Fazenda Alpes, de Munhoz, em Minas Gerais, se apresenta como a única fazenda no Brasil que cultiva a protea em larga escala. Nas redes sociais, a fazenda compartilha curiosidades sobre a flor e seu processo de desenvolvimento.
É trabalhoso. O enraizamento da muda demora em torno de 8 meses. Depois, se vingar, são cerca de três anos para que as primeiras flores apareçam – flores que costumam ser pequenas e curtas. Demora ainda mais para que floresçam as proteas mais ‘robustas’. São cerca de 5 anos de arbusto para que a planta esteja em “plena produção”, com as flores prontas para serem comercializadas.
As flores ficam em campo, pois exigem sol pleno. Em paralelo, não gostam de muita água – e no verão mais flores costumam morrer devido ao excesso de umidade. Normalmente, os picos de produção são em abril e setembro.
O local não comercializa mudas da planta, pois as mesmas são direcionadas para o replantio e aumento da produção. Isso porque há alta mortalidade da muda durante o processo de desenvolvimento do arbusto. “A perda gira em torno de 40% - contando somente com a parte que vai a campo, fora a quantidade de muda que ‘não vinga’. Assim, toda mudinha conta!”, pontua a fazenda.