Homem usa barco pequeno para resgatar mais de 100 pessoas no Rio Grande do Sul

Estado tenta se recuperar após passagem de ciclone extratropical no início da semana passada; veja como ajudar

Gabriella Reis

11 set 2023 - 18h58

(atualizado às 18h59)

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Rio Grande do Sul segue em estado de calamida após ciclone.
Foto: Reprodução/Grupo de Apoio a Desastres (Gade) / Reprodução/Grupo de Apoio a Desastres (Gade)

As cidades do Rio Grande Sul seguem em estado de calamidade após a passagem de um ciclone extratropical no início da semana passada. Conforme o último balanço da Defesa Civil do estado, o número de mortos já chegou a 46.

Além das chuvas intensas, enchentes têm atingido os municípios. Uma verdadeira força tarefa tem sido implantada, não só pela prefeitura, mas também pelos moradores, para ajudar no resgate de sobreviventes. Já foram resgatadas mais de 3.000 pessoas.

Com barco, homem resgata mais de 100 pessoas no Rio Grande do Sul.
Foto: Reprodução/Rede Globo / Reprodução/Rede Globo

Em uma das cidades mais afetadas, Roca Sales, o morador Sérgio Benini ajudou a resgatar mais de 100 pessoas com um barco pequeno. Em entrevista ao Fantástico, o homem contou que ficou mais de 23 horas em atividade.

“Nós arrancamos o telhado à mão. As pessoas subiam no segundo piso, no forro embaixo do telhado, porque estava chovendo. E lá eles só gritavam socorro, socorro, socorro”, relembrou.

De acordo com a Defesa Civil, os alertas de temporais continuam. O último, divulgado nesta segunda-feira, 11, informa que, até as 20h, há alerta para temporais, descargas elétricas, chuvas intensas, eventual queda de granizo e rajadas de vento nas regiões entre Uruguaiana e Rio Grande.

Como ajudar

Nos 93 municípios afetados, há mais de 4.000 pessoas estão desabrigadas, cerca de 20.498 desalojados e 924 feridos. O governo do Rio Grande Sul informou que, a quem deseja contribuir, é possível fazer doações.

A principal necessidade no momento é de materiais de limpeza, como produtos de limpeza, baldes, rodos, vassouras, luvas, botas de borracha e entre outros. Os itens serão utilizados para a comunidade e voluntários realizarem a limpeza de casas e ruas.

Já em relação a itens de uso pessoal e vestuário, há necessidade de fraldas, roupas íntimas e roupa de cama, como lençóis e cobertores. No caso de outras peças de roupa, os estoques já estão plenamente abastecidos.

A Defesa Civil orienta a suspensão momentânea da entrega desses itens, para preservar a capacidade de armazenamento e distribuição dos itens que ainda se fazem necessários. O mesmo vale para alimentos, em especial as doações de perecíveis como marmitas, quentinhas e lanches, já que um grande número de voluntários tem atuado na preparação de refeições para distribuição.

Os itens devem ser entregues nos armazéns A4, A5 e A6 do Cais do Porto, localizados na Av. Mauá, 1050, no Centro Histórico de Porto Alegre. No Vale do Taquari, todo o material a ser doado deve ser direcionado ao Parque João Batista Marchese, localizado na Rua dos Imigrantes, bairro Lambari, em Encantado.

Para quem não está no estado e gostaria de contribuir com algum valor, o governo definiu uma chave PIX: