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Ibama constata vazamento de ácido sulfúrico no Rio Tocantins após queda de ponte

Apesar da presença de produtos químicos, análise da qualidade das águas identificou que parâmetros estão dentro da normalidade

7 jan 2025 - 20h58
(atualizado às 22h01)
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Ponte que ligava o Tocantins ao Maranhão desabou
Ponte que ligava o Tocantins ao Maranhão desabou
Foto: Divulgação/PMTO

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) constatou o vazamento de ácido sulfúrico no Rio Tocantins após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins, no dia 22 de dezembro de 2024. Pelo menos 14 pessoas morreram.

O relatório preliminar foi publicado na última segunda-feira, 6, em meio à atuação do instituto para a retirada de produtos químicos perigosos derramados após o colapso da estrutura. Na ocasião, três caminhões, que transportavam agrotóxicos e ácido sulfúrico, desabaram no rio, junto com a ponte. 

Apesar da presença dos produtos químicos no Tocantins, o Ibama destacou a análise da qualidade das águas do rio e identificou que, até o momento, os parâmetros estão dentro da normalidade para água doce.

Também não foram constatados impactos à fauna local após a queda da ponte, de acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema/Maranhão) e a Agência Nacional das Águas (ANA).

Ponte que ligava o Tocantins ao Maranhão desabou
Ponte que ligava o Tocantins ao Maranhão desabou
Foto: Divulgação/PMTO

As informações dão conta de que o vazamento de ácido aconteceu com os danos provocados pela queda ao caminhão da empresa Pira-Química. Na última sexta-feira, 3, mergulhadores constataram fissuras no tanque do veículo, que transportava 23 mil litros do produto químico. Um relatório oficial com as informações obtidas nas missões de mergulho deve ser entregue na próxima quinta-feira, 9. 

O segundo caminhão carregado de ácido sulfúrico, este operado pela empresa Videira, transportava 40 mil litros do produto. A análise visual, porém, identificou que o tanque está intacto. O Ibama solicitou à empresa o monitoramento do material e análise de riscos para retirada do caminhão. 

A empresa Sumitomo, responsável pelo terceiro caminhão, que transportava agrotóxicos, contratou empresa para retirada das cargas com produtos químicos que estão no fundo do Tocantins. 

O Ibama ressaltou, ainda, que a prioridade do Comando do Incidente, capitaneado pela Marinha do Brasil em parceria com as Defesas Civis de Tocantins e Maranhão, é a busca pelas vítimas. Os trabalhos de monitoramento e retirada das cargas só foram permitidos após a autorização do Comando. 

Vídeo mostra estado de veículo submerso após queda de ponte no Tocantins:

Queda de ponte entre Tocantins e Maranhão

Subiu para 14 o número de mortos após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, de acordo com o último boletim da Marinha. Dentre os 17 desaparecidos iniciais, três pessoas ainda não foram localizadas, conforme informou o Comando. 

A ponte que liga Estreito (MA) a Aguiarnópolis (TO) desabou no dia 22 de dezembro. O desabamento aconteceu porque o vão central da ponte cedeu, e a causa do colapso ainda deve ser investigada, de acordo com o governo federal.

A Marinha pede que a população contribua com informações a respeito de qualquer situação que possa comprometer a segurança das pessoas, ou sobre a localização de algum corpo. Informações podem ser enviadas pelos telefones:

Disque Emergências Marítimas e Fluviais - 185

Capitania dos Portos do Maranhão - 0800-098-8432 e (98) 2107- 0121.

Fonte: Redação Terra
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