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Incêndio em Portugal segue pelo 4º dia e 1.400 pessoas são retiradas da região

O incêndio começou no sábado no município de Odemira, na região do Alentejo

8 ago 2023 - 13h07
(atualizado às 13h34)
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Bombeiros combatendo um incêndio florestal
Bombeiros combatendo um incêndio florestal
Foto: Foto:Istock

Cerca de mil bombeiros combatiam nesta terça-feira um incêndio florestal no sul de Portugal que se prolonga há quatro dias, devastando milhares de hectares e obrigando a retirada de cerca de 1.400 pessoas da região.

O incêndio começou no sábado no município de Odemira, na região do Alentejo, mas desde então se espalhou para o sul em direção ao Algarve, um dos principais destinos turísticos de Portugal.

As altas temperaturas e os ventos fortes dificultaram os esforços dos bombeiros e de seis jatos de água para extinguir as chamas, que destruíram cerca de 7 mil hectares, incluindo grandes áreas de pinheiros e eucaliptos altamente inflamáveis.

José Ribeiro, comandante regional da Autoridade de Emergência e Proteção Civil (ANPC), disse que as condições meteorológicas deverão continuar difíceis.

"É uma situação preocupante", disse Ribeiro a repórteres nesta terça-feira, acrescentando que há duas frentes ativas, uma delas rumo a Monchique, uma área montanhosa no interior do Algarve.

André Fernandes, comandante nacional da ANPC, disse que estão utilizando tratores para construir aceiros e evitar que o fogo se alastre ainda mais.

Monchique, que ardeu pela última vez em 2018, é popular entre moradores locais e turistas devido às águas termais e aos hotéis.

Três distritos do norte de Portugal foram colocados em alerta vermelho nesta terça-feira. A expectativa é de que as temperaturas cheguem a 41 graus Celsius na cidade de Castelo Branco, no norte do país.

As autoridades dizem que mais de 120 municípios portugueses, incluindo Lisboa, Alentejo e Algarve, estão em risco máximo de incêndios florestais.

"As condições climáticas que vamos experimentar nos próximos dias significam que qualquer pequena ocorrência (de incêndio) pode se tornar um grande problema", disse a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, em coletiva de imprensa. 

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