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Inmet: Brasil tem 116,6 milhões de pessoas vivendo sob alerta máximo de calor

Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de grande perigo até a próxima sexta-feira, 17

14 nov 2023 - 20h20
(atualizado às 20h48)
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Homem se refresca em fonte durante onda de calor no Rio de Janeiro
Homem se refresca em fonte durante onda de calor no Rio de Janeiro
Foto: REUTERS/Pilar Olivares

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de grande perigo para as cerca de 116,6 milhões de pessoas que vivem em áreas afetadas pela onda de calor que atinge 2.707 cidades do País. Mais da metade da populção do País, cerca de 57%, está sujeita ao problema.

O alerta de grande perigo, nível máximo estabelecido pelo Inmet, vale até a próxima sexta-feira, 17. O risco à saúde se deve a um período com temperatura 5°C acima da média por um período maior do que cinco dias.

Quinze estados e o Distrito Federal estão na área atingida pela onda de calor. Minas Gerais, com 853 cidades, é o estado que lidera com relação em número de municípios atingidos, seguido por São Paulo (645) e Paraná (292).

Como se caracteriza uma onda de calor? 

Onda ou bolha de calor é uma sequência de dias ou até semanas, onde as temperaturas em uma região, relativamente ampla, fica muito acima da média que seria normal para uma determinada época - em torno de 5°C ou mais acima da média, em uma área ampla.

Uma alta pressão causa um forte movimento de ar de cima para baixo chamado de subsidência. A subsidência deixa o ar seco e a redução da umidade do ar inibe o crescimento das nuvens e diminui a chance de chover. Além disso, a alta pressão atmosférica naturalmente comprime o ar próximo da superfície fazendo o ar esquentar mais.

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Calor da primavera de 2023 e El Niño

Parte do calor acima do normal que o Brasil tem vivido na primavera de 2023 está associado ao fenômeno El Niño, que vem se desenvolvendo no oceano Pacífico Equatorial, na costa do Peru, desde o fim do outono de 2023.

A mudança na circulação de ventos em vários níveis da atmosfera, causadas pelo fenômeno, altera o caminho normal das frentes frias sobre a América do Sul.  Assim, fica mais difícil a mistura do ar quente com o ar frio, de origem polar, que eventualmente possa chegar ao Brasil junto com as frentes frias.

O El Niño dificulta a formação de corredores de umidade e isso também ajuda a manter o ar mais quente do que o normal sobre o Brasil, com chuvas que ocorrem de forma mais isolada.

Verão 2023/2024 com El Niño

A primavera de 2023 acontece com um El Niño de forte intensidade, que vai persistir também durante o verão 2023/2024 e dentro de cenário climático global que vem batendo recordes de calor no ar e no mar nos últimos 5 meses, de forma consecutiva. 

Não é apenas o oceano Pacífico Equatorial (onde ocorre o El Niño) que está muito quente.  O ano de 2023 está sendo marcado também por aquecimento excepcional do oceano Atlântico Norte, que também tem influência direta no clima do Brasil.

Como a ciência explica a sensação térmica? Como a ciência explica a sensação térmica?

De acordo com análise da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) e do Climate Prediction Center (CPC),  no trimestre agosto, setembro, outubro,  o índice ONI (Oceanic Niño Index ) foi de 1,5°C positivo. Este foi o maior valor observado para este trimestre desde o super El Niño de 2015, quando o índice ONI para agosto-setembro-outubro foi de 2,2°C, o maior  valor da série histórica para este trimestre, desde 1950.

Os principais centros de monitoramento do clima global concordam que o atual episódio do fenômeno El Niño deve atingir seu máximo entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, persistirá por todo o verão 2023/2024 e só deve começar a enfraquecer durante o outono (Hemisfério Sul) de 2024.

*Com informações do Climatempo

Fonte: Redação Terra
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