'Já pintou o verão': estação começa neste sábado e promete combinação de calor e muita chuva
A estação mais quente do ano dá boas-vindas ao Brasil às 06h20 deste sábado, 21, e termina no dia 20 de março de 2025, à 06h02
Quem ama o verão já pode programar o alarme: às 06h20 deste sábado, 21, a estação mais quente do ano dá boas-vindas ao Brasil. A virada marca o fim de uma primavera instável e chuvosa em boa parte do País. A má notícia é que quem pensou que vai 'se livrar' das chuvas, está enganado. Em 2025, a estação solar terá calor, mas os corredores de umidade também trarão fortes tempestades.
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Dias não tão ensolarados assim
Se essa temporada fosse uma música, talvez começasse com os famosos versos: Já pintou o verão / Calor no coração...", da música Baianidade Nagô, da Banda Mel. Isso porque faz parte do imaginário popular e cultural essa ideia de que a energia solar traz boas vibrações na estação mais quente do ano.
Para quem curte essa sensação, o período está mais próximo do que se imagina. O verão no Brasil começa no dia 21 de dezembro de 2024, à 06h20, e termina no dia 20 de março de 2025, à 06h02. Isso significa que, em todo esse período, as terras brasileiras terão dias mais ensolarados e mais longos do que as noites.
No entanto, a meteorologista Danielle Barros Ferreira, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), explica que o verão de 2025 não terá tantos dias 100% ensolarados quanto se imagina. O motivo é a combinação do calor com a alta umidade, que favorece a ocorrência de chuvas intensas e ventos moderados e fortes, além de descargas elétricas.
"Durante esta época, temos a formação de corredores de umidade que vão desde o sul da região amazônica passando pelas regiões Centro-Oeste e Sudeste, que causam dias consecutivos com chuvas e que podem gerar muitos transtornos", alerta a meteorologista em entrevista ao Terra.
Chuvas de verão
As chamadas "chuvas de verão" deverão refrescar boa parte do País durante os próximos meses, mas serão eventos climáticos mais rápidos e dinâmicos. Isso significa que o 'solzão' e o céu azul, característicos do período, também aparecerão para os brasileiros.
No verão de 2025, o 'calorão' insustentável não deve fazer parte da rotina de sulistas e moradores da Região Sudeste. Por conta da falta de fenômenos como o El Niño ou do La Niña nesta temporada, o clima deverá ser mais instável e com menos extremos.
Conforme a meteorologista do INMET, as temperaturas esperadas beiram a média histórica no Sul do País e, mais especificamente, no leste do Sudeste. Segundo Danielle, isso ocorrerá "devido a entrada de frentes frias e formação de corredores de umidade oriundos da região amazônica, que favorecem a ocorrência de dias consecutivos com chuva, amenizando a temperatura.
Para todo o verão, a previsão indica volumes de chuva superiores a 180 mm/mês no Sudeste, principalmente no Estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e o Rio de Janeiro. As pancadas, no entanto, não significam um verão cinzento.
Dá para aproveitar o verão de 2025 no Sudeste?
Mesmo com previsão de temporais, as capitais do Sudeste também terão dias ensolarados. Já o 'calorão' , de acordo com Danielle, deve ficar por conta de áreas do oeste mineiro e de São Paulo.
Um dos principais destinos turísticos da alta temporada, o Rio de Janeiro deve receber seus visitantes com tempo aberto durante parte do verão, embora não deva apresentar temperaturas muito elevadas. No lugar do sol a pino, a cidade maravilhosa terá dias menos 'azuis' e mais abafados.
A lógica é a mesma para outras capitais da região Sudeste, como São Paulo, e de todo o País. Quem garante é a meteorologista Ana Clara Marques, da Climatempo: "O próximo verão não será tão quente como o último, que bateu recordes de calor. Haverá alguns picos de temperaturas altas, mas depois elas diminuirão, com variações mais frequentes."
Outra característica do verão de 2025 é o período de trégua entre uma semana de calor e outra. “Há menor probabilidade de que haja duas semanas, por exemplo, de temperaturas elevadas. O clima vai oscilar mais, embora, na média, deva manter o comportamento de verão”, explica a especialista da Climatempo.