Julia 'Butterfly' Hill: conheça a ativista que viveu por mais de dois anos em cima de uma árvore
De dezembro de 1997 até 1999, norte-americana viveu na copa de uma árvore de mais de 54 metros de altura
Julia Hill, aos 24 anos, subiu em uma árvore sequoia para protestar contra o desmatamento da Floresta de sequoias da Califórnia, nos Estados Unidos. Ela então passou 738 dias na árvore até foi feito um acordo de proteção permanente para a árvore, chamada de Luna, e para uma área de proteção de quase três acres.
Por 738 dias, a ativista ambiental norte-americana Julia "Butterfly" Hill viveu na copa de uma antiga árvore sequoia - gênero de árvores coníferas que são as maiores do mundo, podendo atingir mais de 100 metros de altura. Aos 24 anos, em 10 de dezembro de 1997, Julia subia cerca de 54 metros em uma dessas árvores, em protesto contra uma iniciativa que iria desmatar parte da Floresta de sequoias da Califórnia, nos Estados Unidos.
A ativista só desceu da árvore em 18 de dezembro de 1999, já com 26 anos. Segundo informações do seu próprio website, a iniciativa terminou com o acordo de que a árvore, chamada de Luna, de mil anos de idade, seria protegida permanentemente, além de estabelecer uma zona de proteção de quase três acres.
A comoção com a vigília de Julia fez com que o tema do desmatamento das florestas de sequoias americanas fosse mais discutido. Veio a público que apenas 3% desse tipo de floresta ainda era mantida intacta.
Decisão pela vigília
Julia não nasceu uma ativista ambiental. Ela conta que, em 1996, um acidente de carro fez com que reconsiderasse o sentido de sua vida. Duas semanas depois de receber alta médica, Julia embarcou em uma jornada de autoconhecimento. Sem um destino certo, Julia se viu apaixonada pela magnitude das árvores sequoias.
"Quando entrei pela primeira vez na majestosa catedral da floresta de sequoias, meu espírito sabia que havia encontrado o que procurava. Caí de joelhos e comecei a chorar porque estava tão impressionada com a sabedoria, energia e espiritualidade alojadas neste mais sagrado dos templos", relatou em seu site.
Hoje, Julia se mantém ativista. Ela escreveu um livro sobre sua experiência com a árvore Luna, chamado The Legacy of Luna. Inclusive, até hoje a árvore é monitorada mensalmente. Luna e a área de proteção são mantidas por uma instituição santuário da floresta.