La Niña pode ocorrer nos próximos três meses, mas sem força suficiente para reverter calor extremo
Agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) faz previsão sobre fenômeno
A Organização Metereológica Mundial (OMM) informou nesta quarta-feira, 11, que o La Niña, fenômeno esperado para reverter o calor extremo impulsionado pelo El Niño, tem mais de 50% de chance de se desenvolver nos próximos três meses. No entanto, mesmo que ele ocorra, será relativamente fraco e de curta duração.
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"O ano de 2024 começou com o El Niño e está a caminho de ser o mais quente já registrado. Mesmo que um evento de La Niña surja, seu impacto de resfriamento de curto prazo será insuficiente para compensar o efeito de aquecimento dos gases de efeito estufa recordes na atmosfera", disse a OMM, agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Enquanto o El Niño faz o aquecimento do Pacífico equatorial, o La Niña tem o efeito inverso, e resfria a faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. Desta forma, as regiões afetadas pelo La Niña têm maior incidência de chuvas e menos calor.
Depois de um intenso calor no ano de 2024, a expectativa é o que fenômeno traga alívio para diversas regiões, especialmente para a região Norte.
Em larga escala, os efeitos do La Niña podem causar: tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares; aumento de chuvas no Norte e no Nordeste; tempo seco na região Sul; condição mais favorável para entrada de massa de ar frio no Brasil.
Na previsão divulgada em setembro, a probabilidade de que o La Niña ocorresse até fevereiro de 2025 era de 60%, contudo, diminuiu para 55%. Desde maio de 2024, as condições são neutras, ou seja, livres de El Niño e La Niña.