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Maior iceberg do mundo gira no mesmo lugar há meses ao cair em ‘armadilha oceânica’ na Antártida

Pesquisador afirma que iceberg gigante "se recusa a morrer"

4 ago 2024 - 17h11
(atualizado às 19h54)
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Maior iceberg do mundo "se recusa a morrer", diz pesquisador
Maior iceberg do mundo "se recusa a morrer", diz pesquisador
Foto: Reprodução

O maior iceberg do mundo está girando no mesmo lugar após cair em uma corrente oceânica mais poderosa da Terra. De acordo com a BBC News, isso ocorre há meses com A23a, que, segundo um pesquisador, “recusa-se a morrer”. 

O enorme bloco de gelo, que tem mais que o dobro do tamanho da Grande Londres, está em um ‘rolo compressor’, girando sem parar, que se trata de um fenômeno que os oceanógrafos chamam de Coluna de Taylor. Estima-se que ele fique nessa corrente por anos. 

"Normalmente, você pensa em icebergs como coisas transitórias: eles se fragmentam e derretem. Mas não este", observou o especialista polar Prof Mark Brandon. "A23a é o iceberg que simplesmente se recusa a morrer", afirmou o pesquisador da Open University. 

O iceberg se soltou da costa da Antártida em 1986, mas quase imediatamente ficou preso na lama do fundo do Mar de Weddell. Por três décadas, foi uma "ilha de gelo" que não se mexia. Somente em 2020, voltou a flutuar e passou a ficar à deriva novamente. 

No início, o movimento era lento, até avançar para o norte em direção ao ar e às águas mais quentes. No início de abril deste ano, o A23a entrou na Corrente Circumpolar Antártica (ACC), que movimenta cem vezes mais água ao redor do globo do que todos os rios da Terra juntos.

Maior iceberg do mundo é flagrado à deriva no oceano Antártico:

Inicialmente, o objetivo era colocar propulsores nele e lançá-lo em direção ao Atlântico Sul, para que ele se derretesse. No entanto, o iceberg não saiu do lugar e se encontra ao norte das Ilhas Órcades do Sul, girando em uma direção anti-horária em cerca de 15 graus por dia. 

Esse fenômeno que “prendeu” o A23a foi descrito pela primeira vez na década de 1920, pelo físico Geoffrey Ingram Taylor.

"O oceano é cheio de surpresas, e essa característica dinâmica é uma das mais fofas que você já viu. As Colunas de Taylor também podem se formar no ar; você as vê no movimento das nuvens acima das montanhas. Elas podem ter apenas alguns centímetros de diâmetro em um tanque de laboratório experimental ou ser absolutamente enormes, como neste caso em que a coluna tem um iceberg gigante no meio dela”, disse o professor Mike Meredith, do British Antarctic Survey.

Fonte: Redação Terra
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