Mais de 130 jabutis resgatados do tráfico são devolvidos à natureza em Pernambuco
Os animais são da espécie mais comercializada ilegalmente no Brasil
Mais de 130 jabutis foram resgatados do tráfico de animais e devolvidos para a natureza em Recife, em uma ação conjunta entre autoridades estaduais.
Mais de 130 jabutis foram resgatados do tráfico de animais e devolvidos para a natureza em Recife (PE), em uma ação realizada em parceria entre o Estado e a Prefeitura de São Paulo, Polícia Rodoviária Federal e governo de Pernambuco.
Os jabutis-piranga (Chelonoidis carbonaria) são a espécie mais comercializada ilegalmente no Brasil. Os animais resgatados foram recolhidos e tratados no Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres de São Paulo (Cetras-SP), da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
Como a espécie não é nativa do Estado, os animais foram levados para Recife, com apoio da Polícia Rodoviária Federal e do Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres da Prefeitura de São Paulo (CeMaCAS). A soltura dos animais começou no último domingo, 17.
Os jabutis foram levados em caixas com ventilação e alimento, e antes de serem soltos no habitat natural, passaram pelo Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres Tangará.
Apesar da longa viagem, feita em terra, a espécie é muito resistente, segundo a diretora do Cetras-SP, a bióloga Sayuri Fitorra. Só no ano passado, 282 jabutis foram repatriados para o Espírito Santo. "O jabuti é uma espécie que não ocorre naturalmente em São Paulo. Por isso, realizamos a repatriação para outros Estados. Encaminhamos para diferentes áreas tentando distribuir os indivíduos", ressalta a bióloga.
Os animais que são resgatados pelo Cetras-SP passam por um longo processo de reabilitação e identificação até serem encaminhados para a reintegração no habitat. No caso das aves, eles são identificados por anilhas, e nos répteis e mamíferos de pequeno e médio porte é aplicado um chip.
Os recursos ajudam a cadastrar os animais em um banco de dados com informações sobre a saúde de cada um, como uma espécie de “RG” dos animais. Dessa forma, é possível controlar a entrada e saída dos animais no plantel do Centro, rastrear exames realizados e também emitir licenças de transportes.