Aquecimento global: entenda o que é!

O aquecimento global é o aumento anormal da temperatura do Planeta Terra, causado principalmente pela emissão de gases do efeito estufa na atmosfera por ações do ser humano. Estima-se que 2023 teve média de 1,45°C (com margem de 0,12°C para mais ou menos) acima da registrada de 1850 a 1900.

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Essa ebulição global gera danos ao meio ambiente, vida humana, economia e toda a biodiversidade. O derretimento de geleiras, aumento do nível do mar e o calor sentido na pele todos os dias são exemplos dos efeitos desse fenômeno.

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Para combater o aquecimento global, medidas como o uso de energia limpa, reflorestamento e medidas públicas devem ser incentivadas. Se nada for feito, a situação pode piorar a curto e longo prazo.

O que é aquecimento global?

O aquecimento global é definido como o aumento anormal da temperatura média dos oceanos e da camada de ar do Planeta Terra. O fenômeno de ebulição global é diretamente causado pela atividade humana, mas também pode ser oriundo de causas naturais.

Esse aumento é baseado em medidas do período pré-industrial. De acordo com dados de relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), o ano de 2023 teve temperatura média de 1,45°C (com margem de 0,12°C para mais ou menos) acima da média registrada de 1850 a 1900.

Causas do Aquecimento Global

O aquecimento global é causado pelo acúmulo de gases do efeito estufa na atmosfera, como o dióxido de carbono (CO2). Esse processo é ocasionado principalmente pela ação humana.

Queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, gás natural) para geração de energia, atividades industriais, poluição do ar e água, queimadas e desmatamento são alguns exemplos de atividades do homem que geram o aumento desses gases na atmosfera. 

Efeitos do Aquecimento Global

O aumento anormal da temperatura causado pelo aquecimento global gera alterações que podem causar alguns problemas irreversíveis ao Planeta Terra. O derretimento das calotas polares, por exemplo, causa o aumento do nível dos oceanos e, consequentemente, a inundação de ilhas e litorais.

Além disso, aumento de fenômenos climáticos como enchentes, furacões, tsunamis, terremotos e secas são causados pelo aquecimento global. Esses e outros problemas resultam no desequilíbrio ambiental e escassez de recursos naturais.

Impactos Sociais e Econômicos

O desequilíbrio ambiental gerado pelo aquecimento global também causa problemas sociais e econômicos ao Planeta Terra. Aumento da pobreza, deslocamento em massa e desigualdade social são exemplos disso.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), eventos relacionados ao clima provocaram o deslocamento de, em média, 23,1 milhões de pessoas por ano entre 2010 e 2019, o que deixou essas pessoas mais vulneráveis à pobreza.

Os desastres ambientais também causam problemas econômicos. De acordo com estudo de Adrien Bilal e Diego R. Känzig, do National Bureau of Economic Research (NBER), estima-se que os danos macroeconômicos decorrentes das alterações climáticas já são seis vezes maiores do que o esperado.

Além disso, o aumento de 1ºC na temperatura média global representa uma queda de 12% do PIB mundial.

Evidências Científicas

O Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) apresentou algumas conclusões sobre o aquecimento global. Em comparação ao período de 1850 a 1900, a temperatura da superfície global teve aumento de 1,1ºC entre 2011 e 2020.

Outro ponto a ser observado é que o nível médio do mar aumentou em 0,20 metros (com margem de erro de 0,05 para mais ou menos) entre 1901 e 2018. Pelo menos a partir de 1971, a ação humana foi a principal causadora dessa alteração.

Junto ao aumento do nível do mar, também foram mencionados pelo relatório o recuo das geleiras, acidificação da parte superior dos oceanos e o aumento de extremos quentes. Além do IPCC, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) publicou um estudo confirmando que o ano de 2023 foi o mais quente já registrado, com temperatura média de 1,45°C (com margem de 0,12°C para mais ou menos) acima da média de 1850 a 1900.

Soluções

Embora não seja uma tarefa fácil, o ser humano pode adotar algumas medidas para combater o aquecimento global. No dia a dia, redução do uso de automóveis, investimento em energias renováveis, plantio de árvores e denúncias de queimadas e desmatamento, por exemplo, podem ser maneiras simples de reduzir a emissão de gases na atmosfera.

• Energias renováveis

Para combater o aquecimento global, o uso de energias renováveis surge como uma das soluções. As fontes limpas de energia, como solar, eólica e hidrelétrica, não emitem gases na atmosfera. Além disso, elas são geradas por fontes da natureza, como sol, vento e água, ou seja, se recompõe facilmente. 

• Eficiência energética

A eficiência energética é definida pelo uso racional e consciente dos recursos. Essa medida pode ser representada pela redução do consumo de energia, o uso de energias renováveis e a opção por aparelhos mais eficientes.

No Brasil, a troca de lâmpadas incandescentes por modelos de LED é um exemplo de eficiência energética em residências. O país também adotou o Programa de Eficiência Energética (PEE), que visa promover o uso eficiente de energia elétrica, reduzir desperdícios e investir em projetos que buscam a otimização do consumo energético.

• Reflorestamento e conservação de florestas

O reflorestamento e a conservação das florestas ajudam a diminuir a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera. A remoção do gás carbônico, por exemplo, acontece pela fotossíntese. Essas atividades já foram reconhecidas como medidas de combate às mudanças climáticas.

• Políticas públicas e acordos internacionais

Políticas como o Programa de Eficiência Energética (PEE) e o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA) são usadas no combate ao aquecimento global. No entanto, o Acordo de Paris é uma das medidas mais conhecidas. 

O tratado visa reforçar a capacidade dos países de lidar com os impactos das mudanças climáticas. O Acordo para reduzir emissões de gases de efeito estufa incentivando o desenvolvimento sustentável foi assinado por 195 países. 

Uma das medidas do Acordo é a determinação de que países desenvolvidos invistam 100 bilhões de dólares por ano em medidas de combate e adaptação às mudanças climáticas em países em desenvolvimento.

• Tecnologias de captura e armazenamento de carbono

Além da remoção de gases por meio da natureza, existe o processo de Captura e Armazenamento de Carbono, que impede que a substância entre na atmosfera. Nesta controversa iniciativa, o CO2 é separado artificialmente de outros gases antes ou depois da combustão.

Feita essa separação, o gás é armazenado e transportado para o local adequado. O processo, no entanto, é bastante caro e consome muita energia.

Adaptação às Mudanças Climáticas

De acordo com o IPCC (2014), a adaptação deve ser feita visando reduzir ou evitar os danos do aquecimento global. Além disso, pode ser usado para explorar oportunidades benéficas da mudança do clima.

Para promover a redução dos riscos advindos da mudança do clima, o Governo Federal instituiu o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA) em 2016. 

Importância da educação ambiental

A educação ambiental, principalmente para jovens, é essencial para construir mudanças a longo prazo. Essa conscientização pode capacitar uma geração das necessidades ecológicas da sociedade. Ou seja, o acesso às informações sobre aquecimento global, mudanças climáticas, sustentabilidade e outros é a chave para mudanças de comportamento e atitude. 

Negacionismo climático

Um dos motivos da educação ambiental ser importante é para o combate do negacionismo climático. Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, em 2019, 15% da população brasileira não acreditava que a Terra estava aquecendo.

Projeções climáticas futuras

Segundo o relatório IPCC, mesmo que as emissões sejam muito baixas, é mais provável que o aquecimento global atinja 1,5ºC no curto prazo. Porém, sob cenário de emissões altas, a Terra pode ultrapassar esse aquecimento de 1,5ºC. Em alguns cenários, porém, a temperatura volta a ficar abaixo de 1,5ºC. No entanto, a projeção mais pessimista indica a possibilidade de aumento acima de 4ºC até 2100.