Script = https://s1.trrsf.com/update-1734029710/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Área queimada em 2024 no Brasil quase dobrou em relação a 2023

Estudo diz que número estabeleceu novo recorde nos últimos 6 anos

16 dez 2024 - 14h06
(atualizado às 14h23)
Compartilhar
Exibir comentários

A área destruída por queimadas no Brasil entre os meses de janeiro e novembro de 2024 quase dobrou em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com um levantamento divulgado pelo Monitor do Fogo do sistema de monitoramento MapBiomas.

    Segundo o estudo, 29,7 milhões de hectares foram queimados no período, o que representa um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2023, além de ter sido a maior quantidade dos últimos seis anos.

    A área queimada em 2024 é um território equivalente a todo o estado do Rio Grande do Sul. O levantamento ainda indicou que a diferença de extensão entre esse ano e o anterior foi de 14 milhões de hectares, uma área equiparada ao Amapá.

    "Esse aumento desproporcional da área queimada no Brasil em 2024, principalmente a área de floresta, acende um alerta de que além de reduzir o desmatamento, precisamos reduzir e controlar o uso do fogo, principalmente em anos onde as condições climáticas são extremas e podem fazer o que seria uma pequena queimada virar um grande incêndio", explicou Ane Alencar, diretora de ciência do IPAM e coordenadora do Monitor do Fogo do MapBiomas.

    O levantamento apontou que 57% da área queimada em 11 meses está localizada na Amazônia, com 16,9 milhões de hectares atingidos pelas chamas, sendo 7,6 milhões apenas de florestas. O cerrado e o pantanal foram biomas que registraram um aumento em relação à média dos últimos cinco anos.

    Entre os estados brasileiros, o Pará foi o que mais sofreu com o fogo no decorrer de 2024, com 6,97 milhões de hectares destruídos. Mato Grosso e Tocantins completam a lista dos três primeiros posicionados, com 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares, respectivamente.

    "Os números de 2024 são alarmantes, especialmente considerando que 2023 já havia registrado uma tendência de alta, comprometendo não apenas os biomas mais afetados, como Amazônia e Cerrado, mas também o equilíbrio climático. O recorde de área queimada também em florestas afeta sua capacidade de regeneração e a resiliência ecossistêmica", disse Vera Arruda, pesquisadora no IPAM e coordenadora técnica do Monitor do Fogo do MapBiomas.

    .

Ansa - Brasil
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade