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Bolsonaro volta a criticar DiCaprio e fala de prisões no PA

11 dez 2019 - 18h19
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O presidente Jair Bolsonaro parabenizou nesta quarta-feira, 11, a Polícia Civil do Pará pela prisão de quatro brigadistas ligados a ONGs, já soltos, em inquérito contestado. O Ministério Público Federal (MPF) afirma que não há, por enquanto, provas de ligação dos brigadistas aos incêndios ocorridos em setembro na região.

Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto
Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto
Foto: Adriano Machado / Reuters

"O trabalho (da polícia), no meu entender, bastante objetivo. Pegou pessoal que leva dinheiro de ONG para tacar fogo no Brasil. E a imprensa, em grande parte defendendo agora esses quatro caras que foram presos e postos em liberdade", disse Bolsonaro a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada durante a manhã.

Em 28 de novembro, a Justiça soltou os quatro membros da ONG Brigadas de Alter do Chão, do Pará, que foram detidos sob suspeita de ligação com queimadas na Amazônia.

"Parabéns (à Polícia Civil). Bom trabalho, realmente, (eu) bem disse, né, com provas", afirmou Bolsonaro.

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), trocou o delegado que cuidava do caso. De acordo com Barbalho, a mudança é "para que tudo seja esclarecido da forma mais rápida e transparente possível". O governador disse ainda que "ninguém está acima da lei, mas também ninguém pode ser condenado antes de esclarecer os fatos".

DiCaprio e Greta

Bolsonaro voltou a afirmar, sem provas, que o ator Leonardo DiCaprio pagou para ONG envolvida em incêndios na Amazônia.

"Quando falei que... não acusei o Leonardo DiCaprio. A imprensa falou que acusei Leonardo DiCaprio. DiCaprio doou dinheiro para ONG que comprou fotografia que...", disse Bolsonaro, sem completar a frase. "Pessoal aqui apoiando DiCaprio, deve ser porque ele é mais bonito do que eu", declarou o presidente.

"Quando eu falei, lá atrás, que deveria, poderia ter dinheiro de ONG (envolvido nas queimadas), esculhambaram aqui. A imprensa para esculhambar o Brasil é (nota) 'dez', afirmou Bolsonaro.

A ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, também foi outra vez ofendida pelo presidente. "Uma pirralha fala qualquer besteira lá fora, falou, pronto, para dar porrada aqui no Brasil. Ela inclusive, acusou agora, que os índios que morreram estão defendendo a Amazônia. Ninguém sabe a causa ainda (das mortes)", disse Bolsonaro.

Bolsonaro chamou Greta de "pirralha" publicamente pela primeira vez na terça-feira, 10, ao responder a uma pergunta sobre o assassinato de dois indígenas no Maranhão. No domingo, Greta - um dos principais nomes na articulação contra os efeitos das mudanças climáticas no mundo - disse que os povos indígenas do Brasil estão sendo assassinados por proteger as florestas.

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Estadão
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