Coleta seletiva: o que é, como funciona, tipos e cores
Conhecida por suas lixeiras coloridas, a coleta seletiva é uma das primeiras etapas da reciclagem de materiais e resíduos
Você já viu lixeiras coloridas em algum lugar e se perguntou por que elas eram pintadas daquelas cores? Essas lixeiras fazem parte de um sistema de recolhimento de resíduos chamado "coleta seletiva".
Nesse sistema, resíduos recicláveis, como plástico e vidro, são separados do lixo não reciclável. Assim, os materiais separados na coleta seletiva podem ser levados para lugares que fazem reciclagem de materiais, sendo reutilizados e diminuindo a quantidade de lixo no mundo.
O que é coleta seletiva?
A coleta seletiva é um sistema de recolhimento de lixo criado para que seja possível separar resíduos recicláveis dos biodegradáveis — ou seja, do lixo reciclável.
Nesse sistema, os resíduos são separados de acordo com sua origem e composição em lixeiras de cores diferentes, facilitando a coleta e a consequente reciclagem.
Como a coleta seletiva funciona?
O funcionamento da coleta seletiva é simples: são escolhidas diferentes cores para cada tipo de resíduo. Depois, na hora de jogar algum lixo fora, ele é jogado na lixeira de cor correspondente ao seu material.
Dessa forma, cada tipo de resíduo é separado e depositado em lixeiras de uma cor diferente, facilitando a coleta, a separação e a reciclagem e reutilização de materiais que podem ser reciclados.
Qual é o objetivo da coleta seletiva?
O principal objetivo da coleta seletiva é reduzir o impacto ambiental que é gerado pela produção e eliminação de resíduos. Com a coleta e a consequente reciclagem dos resíduos, é possível reaproveitá-los ou direcioná-los para o descarte adequado.
Quais são os benefícios da coleta seletiva?
A promoção da coleta seletiva em ambientes, cidades, estados e países traz diversos benefícios para o meio ambiente. Entre eles estão:
- Diminuição da poluição do ar, da água e do solo;
- Redução do desperdício;
- Redução do uso de recursos naturais;
- Economia de energia e água que são gastas na produção de materiais;
- Diminuição de custos de produção com o uso de recicláveis;
- Criação de vagas de emprego, consequentemente gerando a melhora da economia;
- Diminuição de problemas ambientais, como enchentes, em cidades;
- Diminuição de gastos com limpeza pública;
- Criação de ações sustentáveis;
- Conscientização da população sobre a necessidade de cuidados com o meio ambiente.
Quais são as cores da coleta seletiva?
As cores da coleta seletiva são diferentes em cada país. Em Portugal, por exemplo, as lixeiras vermelhas são destinadas para o descarte de pilhas e baterias, enquanto no Brasil o vermelho é a cor das lixeiras destinadas ao descarte de plástico.
No Brasil, a padronização das cores da coleta seletiva foi estabelecida em 2001, por uma Resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). São elas:
- Azul, para papéis e papelões;
- Verde, para vidros;
- Vermelho, para plásticos;
- Amarelo, para metais;
- Marrom, para resíduos orgânicos.
Além disso, a resolução também definiu cores para outros tipos de resíduos, que não são geralmente vistos em ambientes comuns:
- Preto, para madeiras;
- Cinza, para materiais não reciclados;
- Branco, para lixos hospitalares;
- Laranja, para resíduos perigosos;
- Roxo, para resíduos radioativos.
Também foram criados coletores específicos para resíduos como óleo usado, baterias, pilhas e resíduos hospitalares.
O que pode ser colocado nas lixeiras de coleta seletiva?
O que pode ou não ser descartado nas lixeiras de coleta seletiva é uma dúvida muito comum para a maioria das pessoas.
Aqui, é importante saber que existem materiais que, apesar de serem feitos de materiais correspondentes aos resíduos que podem ser descartados em cada uma das lixeiras, nem sempre isso é possível.
Quando se fala sobre o que pode ser descartado em cada uma das lixeiras, os resíduos são descritos da seguinte maneira:
Lixeira azul
É a lixeira onde são descartados resíduos feitos de papel e papelão.
Nela, podem ser descartados jornais, revistas, envelopes, caixas, folhas de caderno, embalagens de papelão, papel de fax e papel sulfite.
Apesar de serem produzidos com papel ou terem o papel entre suas matérias primas, existem resíduos que não podem ser descartados na lixeira azul. É o caso de papel higiênico, papel carbono, papel metalizado, papel celofane ou outro tipo de papel plastificado, fotografias e cigarros.
Livros e fita crepe também não devem ser descartados nessa lixeira.
Lixeira verde
É a lixeira destinada ao descarte de vidros. Copos, garrafas, potes e outros materiais de vidro podem ser descartados nela.
Porém, lâmpadas, óculos espelhos, televisores e louças não devem ser descartadas na lixeira verde, apesar de terem vidro em sua composição.
Lixeira vermelha
Destinada ao descarte de plásticos, a lixeira vermelha pode receber garrafas pet, sacos, sacolas e outras embalagens feitas de plástico.
Em contrapartida, não se deve descartar tomadas, adesivos ou produtos feitos de acrílico nessa lixeira.
Lixeira amarela
Por fim, a lixeira amarela é destinada a metais. Latas de alumínio, de metal, tampas de garrafa, clipes, grampos e outros materiais podem ser descartados nessa lixeira, porém, é importante saber que a esponja de aço não é um material reciclável — e, por isso, não pode ser descartada nessa lixeira.
Quais são as etapas da coleta seletiva?
A coleta seletiva não é dividida em etapas, porém ela é parte das etapas que fazem parte do processo de reciclagem.
O processo de reciclagem é dividido em quatro etapas. São elas:
- Coleta, que é a etapa onde acontece a coleta dos resíduos sólidos que podem ser reciclados. A coleta seletiva está inclusa nesta etapa;
- Triagem, que é separação específica dos resíduos que podem ser reciclados de acordo com seus processos químicos e físicos de produção;
- Transformação, que é a etapa onde os resíduos recicláveis são transformados novamente em matéria prima;
- Realocação, que é quando a matéria prima na qual os resíduos recicláveis foram transformados retorna para o mercado, onde serão compradas e transformadas em novos produtos.