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Dono de terreno constrói muro em praia e diz que é para 'preservar meio ambiente'

Estrutura feita à base de troncos de coqueiro foi construída em Ipojuca, no Pontal de Maracaípe

9 jun 2024 - 18h13
(atualizado às 22h58)
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Estrutura feita à base de troncos de coqueiro foi construída em Ipojuca, no Pontal de Maracaípe
Estrutura feita à base de troncos de coqueiro foi construída em Ipojuca, no Pontal de Maracaípe
Foto: Reprodução/TV Globo

João Fragoso, advogado agropecuarista dono de um terreno de dez hectares na praia do Pontal de Maracaípe, em Ipojuca (PE), alegou ter construído um muro de troncos de coqueiro para assegurar que a área da propriedade “não seja reduzida” e preservar o meio ambiente. Porém, a estrutura, que existe desde 2022, tem sido alvo de questionamentos por órgãos defensores do meio ambiente. 

“Eu não tenho projeto nenhum para lá, a não ser preservar o meio ambiente. Por conta da quantidade de lixo, de gente defecando no mangue, deixando camisinha, deixando resíduos de cerveja, cortando mangue para fazer churrasco. Então, eu quis parar isso", disse João Fragoso em entrevista à TV Globo, que foi ao ar no sábado, 8.

Na época em que ergueu o muro, ele justificou que era para conter o avanço do mar. Os comerciantes da região foram contra, alegando que a estrutura dificultava o acesso à praia. 

Estrutura feita à base de troncos de coqueiro foi construída em Ipojuca, no Pontal de Maracaípe
Estrutura feita à base de troncos de coqueiro foi construída em Ipojuca, no Pontal de Maracaípe
Foto: Reprodução/TV Globo

A estrutura tem sido pauta de discussões na Justiça. Segundo informações da mídia local, quando o muro foi construído, havia permissão da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), mas foi determinada a sua retirada. Porém, o Tribunal de Justiça de Pernambuco impediu o cumprimento da medida, alegando que o proprietário não tinha descumprido nenhuma licença ambiental. 

Durante a entrevista à TV Globo, ele pontuou que havia um relatório do Ibama com críticas ao muro, mas que ele não tinha tido acesso ainda e que precisou entrar na Justiça para que o documento fosse apresentado a ele. 

Ele justificou ainda que o muro tem 250 metros, menos do que alega o órgão. Disse também que construiu a estrutura com mão de obra da região e que pediu a um especialista para verificar se a obra prejudicaria as tartarugas que se reproduzem no local. 

Fonte: Redação Terra
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