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Empreendedora vende bolsas e malas que têm garrafas pet recicladas como matéria-prima

Alice Midori, de 35 anos, é representante de uma empresa que produz produtos a partir de itens retirados do meio ambiente

21 ago 2023 - 05h00
(atualizado em 22/8/2023 às 13h07)
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Alice Midori, de 35 anos, é representante de uma empresa que produz bolsas, mochilas e malas de viagem a partir de garrafas PET retiradas do meio ambiente
Alice Midori, de 35 anos, é representante de uma empresa que produz bolsas, mochilas e malas de viagem a partir de garrafas PET retiradas do meio ambiente
Foto: Arquivo Pessoal

Em meio a uma era em que a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade se tornam cada vez mais presentes, surgem pessoas que não apenas abraçam essa causa, mas também a incorporam em sua vida profissional. Uma delas é Alice Midori Binder Toyoshima, de 35 anos, que encontrou na reciclagem de materiais a base para seu negócio e sua paixão.

Alice é a mente por trás da 'AMI', uma marca que representa uma empresa que produz bolsas, mochilas e malas de viagem a partir de garrafas PET recicladas. Em entrevista ao Terra, ela compartilhou o que a levou a trabalhar com produtos sustentáveis.

"Eu sempre tive o desejo de contribuir para o mundo de alguma forma. E um dia meu namorado veio me falar sobre essa mala, sobre esse projeto, e quando fui conhecer de fato o produto, quando essa possibilidade chegou até mim, fiquei encantada e falei: 'é isso que quero para a minha vida'. Quero trabalhar com isso, conscientizar as pessoas, levar essa questão da sustentabilidade e contribuir de alguma forma para salvar o mundo'. Porque em cada item que a gente produz, retiramos de 12 até 48 garrafas pet da natureza”, conta.

Malas personalizadas feitas a partir da reciclagem de garrafas PET
Malas personalizadas feitas a partir da reciclagem de garrafas PET
Foto: Arquivo Pessoal

Foi esse desejo de fazer a diferença que a levou a abraçar o projeto de uma empresa que transforma garrafas pet retiradas do meio ambiente em bolsas. Essas garrafas são coletadas por instituições parceiras e transformadas em placas que se tornam a base das peças vendidas por Alice.

"A imagem é impressa em uma placa, depois disso vai para um modelador, e, posteriormente, é feita a costura", explica Alice, descrevendo o processo que transforma essas placas em produtos acabados. Segundo ela, essa produção não apenas contribui para a redução da poluição plástica, mas também confere um toque único às peças, que são personalizáveis.

"Além da sustentabilidade, que é o nosso principal foco, a gente ainda tem uma mala que é super personalizável", explica ela. Cada peça pode ser caracterizada com logotipos, fotos, desenhos e muito mais, permitindo que os clientes expressem sua individualidade enquanto promovem um estilo de vida sustentável.

Conscientização e mudança

A 'AMI' já tem alcançado escolas e pequenas empresas que estão cada vez mais conscientes da importância da sustentabilidade, conforme conta a empreendedora. Alice compartilha que muitas organizações reconhecem que adotar produtos sustentáveis não só beneficia o meio ambiente, mas também impacta positivamente sua marca e sua imagem no mercado. 

Além disso, ela também faz vendas para pessoas físicas, que a contatam pelo Instagram @suaami.bag e  diretamente pelo seu telefone de contato, disponível no perfil da marca nas redes sociais. 

Clientes encontram produtos variados e podem personalizá-los
Clientes encontram produtos variados e podem personalizá-los
Foto: Arquivo Pessoal

"Hoje, os nossos produtos para pessoa física variam de 150 a 649 reais, abrangendo desde bolsas de ombro até malas de bordo", explica ela. Além da variedade de estilos e tamanhos, a mala de bordo também oferece praticidade com bolsos projetados para agilizar a passagem pelo raio-x.

Alice também destaca um elemento importante que a empresa que representa oferece: é possível, após comprar a mala, trocar a arte impressa nela. "Por exemplo, você comprou sua mala personalizada hoje e depois, por algum motivo, você quer trocar sua arte. A gente troca para você por um valor super reduzido e isso é uma super vantagem, primeiro porque a gente te devolve uma mala praticamente nova, segundo que também reutilizamos essa mala para fazer saco de lixo, então nessa produção nada se perde.”

Como é feita a produção

As bolsas são produzidas dentro da fábrica e a complexidade do processo e o volume de produção requerem um prazo de entrega do produto de cerca de 10 dias úteis.

Segundo Alice, no caso das empresas que optam em comprar os produtos que representa, é possível personalizar as bolsas com a identidade visual da companhia, por exemplo. "É possível ter seus funcionários andando por aí com as malas personalizadas, fazendo propaganda gratuita do seu negócio o tempo inteiro. E se é pessoa física, você pode chegar em um lugar onde você é o único, porque ninguém mais tem essa mochila, ela foi feita para você, ela foi pensada para você, ela é exclusiva", destaca. 

Mochila personalizada de Alice chama a atenção em todo lugar que ela vai
Mochila personalizada de Alice chama a atenção em todo lugar que ela vai
Foto: Arquivo Pessoal

A empreendedora, inclusive, tem uma mochila com sua foto e identidade visual de sua marca que, segundo conta, sempre chama a atenção por onde passa. "Em todos os lugares eu sou parada, o pessoal quer ler o QR Code da minha mochila, quer pegar o meu contato para entender um pouco melhor sobre ela. É uma bolsa que causa um impacto quando você chega, não só pela sustentabilidade, porque isso não é algo que a pessoa vê logo de cara, ma, principalmente pela arte que a gente coloca nela e posterior a isso a gente discorre um pouco sobre a questão da sustentabilidade, que aí ganha as pessoas demais", afirma.

Investindo em um futuro sustentável

Quando questionada sobre seu futuro e desejo de trabalhar exclusivamente nesse negócio, Alice destaca: "Hoje não é minha principal fonte de renda, é um complemento. Eu trabalho em uma empresa de transporte no meu horário comercial. Mas o meu desejo é poder trabalhar só com isso, e eu tô plantando minhas sementes pra num futuro eu conseguir trabalhar só com essa parte da sustentabilidade."

Fonte: Redação Terra
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