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Lula busca pacto global de países com floresta tropical na Cúpula da Amazônia

Apesar dos acordos, não foi firmado nenhum compromisso para acabar com o desmatamento até 2030

9 ago 2023 - 08h25
(atualizado às 10h45)
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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro com jornalistas, em Brasília
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro com jornalistas, em Brasília
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva espera formar nesta quarta-feira, 9, uma frente de união entre as nações com floresta tropical quando se reunirem para negociações internacionais sobre o clima, após um acordo no dia anterior na Cúpula da Amazônia.

Representantes dos oito países amazônicos reunidos em Belém para a cúpula vão se reunir com líderes de países como Indonésia, Congo e República Democrática do Congo nesta quarta-feira. A Bacia do Congo e o Sudeste Asiático abrigam as maiores florestas tropicais do mundo depois da Amazônia.

Lula, que desde os seus dois primeiros mandatos como presidente busca construir blocos multilaterais com nações menos desenvolvidas, tem pedido repetidamente aos países ricos e industrializados que cumpram seus compromissos de financiar ações sobre mudanças climáticas em países mais pobres que pouco fizeram para causar o aquecimento global.

O presidente pretende levar uma mensagem semelhante à cúpula climática das Nações Unidas deste ano, conhecida como COP28, apoiado por uma coalizão fortalecida.

"Queremos preparar, pela primeira vez, um documento conjunto de todos os países que têm florestas para que a gente chegue unido na COP-28, nos Emirados Árabes, e possamos ter uma discussão séria com os países ricos", disse Lula na semana passada.

O primeiro dia da Cúpula da Amazônia resultou em um amplo acordo para a região cooperar em áreas como combate ao crime organizado e pesquisa científica.

Críticas

Mas ambientalistas criticaram a declaração conjunta uma vez que não foi firmado compromisso para acabar com o desmatamento até 2030, ao mesmo tempo em que o texto ficou aquém das expectativas sobre interrupção de extração de petróleo na Amazônia e mineração ilegal.

Na cúpula do clima do ano passado, Brasil, República Democrática do Congo e Indonésia concordaram em formar uma aliança para pressionar os países ricos a pagarem pela conservação. A inclusão da República do Congo na cúpula desta semana marca uma expansão gradual da cooperação.

Algumas nações desenvolvidas estão participando da cúpula de dois dias. Noruega e Alemanha, importantes contribuidoras para a conservação da Amazônia no Brasil, participarão, assim como a França, tecnicamente uma nação de floresta tropical por causa de seu território ultramarino na Guiana Francesa.

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