Mike Cannon-Brookes: bilionário quer gerar energia solar para 3 milhões de casas
Projeto 'Sun Cable', que custa mais de R$ 100 bilhões, recebeu investimento do empresário, que é cofundador de uma gigante de softwares
Um projeto ambicioso de geração e transmissão de energia solar avança na Austrália. Na teoria, o 'Sun Cable', anunciado como a "maior zona solar do mundo", cobrirá 12 mil hectares e terá capacidade para abastecer do norte da Austrália à capital Darwin e até Singapura. Algo inovador.
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De acordo com o Earth.org, a proposta terá quase dez vezes o tamanho da maior estação de energia existente hoje, o Bahia Solar Park da Índia, e terá até 30 vezes a capacidade da maior bateria do mundo. Também será necessário uma das maiores captações de capital da história do país.
Segundo levantamentos feitos pela RenewEconomy.com, o projeto requer mais de US$ 30 bilhões (cerca de R$ 163 bilhões). É muito dinheiro para tornar a Austrália líder mundial em energia verde.
A iniciativa chamou a atenção do bilionário da tecnologia Mike Cannon-Brookes que, além de ser co-fundador da gigante de software Atlassian, que possui um patrimônio líquido estimado em US$ 11,1 bilhões (R$ 61,3 bilhões), é conhecido como um grande ativista e investidor ambiental. Agora, ele está apoiando essa ideia revolucionária.
Quem é Mike Cannon-Brookes?
Michael 'Mike' Cannon-Brookes, de 44 anos, é um empresário australiano que está na 148ª posição de uma lista bem seleta de bilionários globais e ocupa a 4ªposição no ranking de 50 mais ricos da Austrália. Ele é bacharel em sistema de informação, formado na Universidade de New South Wales, em Sydney.
Logo após se formar na faculdade, em 2002, ele e o amigo Scott Farquhar fundaram a Atlassian. A empresa se consolidou e entrou para a bolsa de valores Nasdaq em dezembro de 2015, com capital de mercado de US$ 4,37 bilhões (o equivalente a pouco mais de R$ 23,7 bilhões).
Em paralelo aos negócios, Mike sempre apostou em projetos verdes e defende a redução de combustíveis fósseis a favor de fontes de energias renováveis. Em 2022, ele ofereceu US$ 8 bilhões (R$ 43,4 bilhões) para comprar a maior empresa de energia da Austrália, com a intenção de acelerar o fechamento de usinas de carvão e a transição para outras energias.
Apesar da oferta ter fracassado, ele conseguiu comprar uma participação minoritária na empresa e conseguiu bloquear uma cisão. O impacto foi tanto que causou a renúncia do CEO e do presidente, ato descrito pelo Earth.org como "uma das maiores conquistas do ativismo de acionistas relacionado ao clima da história".