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Mourão diz que houve queda de desmatamento da Amazônia

Vice-presidente se antecipa à divulgação oficial do Inpe e diz que perda da Amazônia em julho foi 28% inferior a julho do ano passado

6 ago 2020 - 17h56
(atualizado às 18h10)
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O vice-presidente Hamilton Mourão, que coordena o Conselho da Amazônia e a Operação Verde Brasil 2, que combate atos ilícitos na Amazônia Legal, compartilhou nesta quarta-feira, 5, dados que indicam queda do desmatamento na Amazônia no mês de julho, em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Vice-presidente Hamilton Mourão
15/07/2020
REUTERS/Adriano Machado
Vice-presidente Hamilton Mourão 15/07/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em sua conta no Twitter, Mourão divulgou um gráfico citando o sistema Deter, do Inpe, acompanhado da declaração: "A diminuição do desmatamento no #BiomaAmazônia ficou caracterizado (sic) pelo início da inversão de tendência como mostra o gráfico abaixo, revelando resultados positivos da #OperaçãoVerdeBrasil2".

Mourão se antecipou a divulgação dos dados que estão previstos para esta sexta-feira. Tradicionalmente, o Inpe atualiza o site TerraBrasilis todas as sextas-feiras, com os números referentes ao acumulado até a sexta-feira anterior, exatamente quando fechou o mês de julho. Questionado pela reportagem, o Inpe não confirmou se os dados estão certos ou errados e apenas reafirmou que vai seguir o calendário semanal.

Também explicou que órgãos de fiscalização, como o Ibama, o ICMBio e as secretarias estaduais, além de dirigentes, têm acesso diário aos dados. Essas informações servem para orientar a fiscalização, por exemplo.

Nos últimos 14 meses, desde maio do ano passado, os alertas do sistema Deter, do Inpe, trouxeram números valores do que os mesmos meses do ano anterior. Este julho, segundo o anúncio feito por Mourão, deve fechar abaixo do que o mesmo mês do ano anterior pela primeira vez desde maio de 2019. 

Segundo Mourão, houve alertas para 1.622,64 km² em julho deste ano, ante 2.255,33 km² observados em julho do ano passado, redução de 28%. Especialistas ponderam, no entanto, que o valor do ano passado foi completamente atípico, mais de 200% superior ao pior julho até então, o de 2016, com 739,46 km². E os valores deste julho são o segundo maior dos últimos cinco anos, desde o início da série do Deter.

Mourão não divulgou o valor consolidado desde agosto do ano passado - período de 12 meses em que se mede o desmatamento anual da Amazônia -, mas pelo dado que ele apresentou para julho, caso seja confirmado neste sexta pelo Inpe, os 12 meses devem ter tido mais de 9 mil km² de desmatamento, ante 6.844 km² dos 12 meses anteriores. 

 
Estadão
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