Script = https://s1.trrsf.com/update-1731943257/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Neblina ou fumaça? Entenda a diferença dos fenômenos 

O Brasil registrou mais de 45 mil focos de queimada ao longo do mês de setembro

12 set 2024 - 13h06
(atualizado às 13h06)
Compartilhar
Exibir comentários
Imagem de drone mostra fumaça de incêndios na vegetação de Ribeirão Preto (24/8/24)
Imagem de drone mostra fumaça de incêndios na vegetação de Ribeirão Preto (24/8/24)
Foto: REUTERS/Joel Silva

O Brasil registrou mais de 5,3 mil focos de queimadas ativos nesta quarta-feira, 11, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde o dia 1º deste mês, já são mais de 45,7 mil focos detectados. O número, referente a poucos dias, está prestes a superar o registrado ao longo de todo o mês de setembro do ano passado. 

Em decorrência de todo esse fogo, o País tem respirado fumaça. Com os dias acinzentados, pode surgir a dúvida: o que está no céu é neblina ou fumaça?

Neblina ou fumaça, qual a diferença?

Ao Terra, o doutor em meteorologia na área de poluição atmosférica Marcelo Felix Alonso, também diretor da Faculdade de Meteorologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), explica a principal diferença entre neblina e fumaça.

"Quando a gente menciona fumaça, estamos falando de particulados de vários diâmetros, de vários tamanhos e gases que estão presentes, associados a essas queimas. Desses particulados, nós temos um peculiar das queimadas, que é a fuligem, que são particulados mais grossos", explica o especialista.

Sendo assim, a fumaça é associada à presença desses materiais na atmosfera, em níveis mais altos. 

Já a neblina se trata basicamente da condensação do vapor da água em níveis mais baixos. A principal distinção é que ocorre, geralmente, pela manhã. 

"No caso desse tom acinzentado que nós estamos experimentando em todo o território brasileiro, é uma fumaça associada em níveis mais altos. Dependendo da localização do observador, você tem também fumaça em níveis mais baixos", conta Marcelo.

Ele cita o exemplo de São Paulo e Belo Horizonte, que estão sendo tomadas por fumaças das queimadas em níveis mais baixos da atmosfera. 

Como se proteger da fumaça?

Em nota, o Ministério da Saúde recomenda algumas práticas para evitar a exposição à fumaça causada por queimadas. São elas: 

  • Aumentar a ingestão de água e líquidos, para manter as membranas respiratórias úmidas e protegidas;
  • Permanecer em ambientes fechados, preferencialmente bem vedados e com conforto térmico adequado. Quando possível, buscar ambientes com ar condicionado e filtros de ar, para reduzir a exposição;
  • Manter portas e janelas fechadas durante os horários de maior concentração de poluentes no ar, para minimizar a penetração da poluição externa;
  • Evitar atividades físicas ao ar livre;
  • Não consumir alimentos, bebidas ou medicamentos que tenham sido expostos a detritos de queima ou cinzas;
  • Utilizar, preferencialmente, máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas, se usadas corretamente por pessoas que precisem sair de casa. No entanto, a recomendação prioritária é permanecer em locais fechados e protegidos da fumaça.

A fumaça das queimadas no Brasil atingirá outros países?

Segundo Marcelo Felix Alonso, doutor em meteorologia, os poluentes decorrentes das queimadas são transportados por altos níveis da atmosfera. Assim, esse material acaba sendo 'levado' por um corredor de umidade que conecta a América do Sul.

"Então, todo esse material está sendo transportado em médios e altos níveis não só para a região sudeste, como para a região sul, inclusive Argentina e Uruguai", explica.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade