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Noruega pede que suas empresas atentem-se ao desmatamento

Estado norueguês pediu que empresas ativas no Brasil garantam que contribuam para a destruição da Amazônia

27 ago 2019 - 15h06
(atualizado às 15h27)
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A Noruega, até recentemente principal doadora de um fundo para conter o desmatamento na Amazônia, pediu nesta terça-feira às empresas norueguesas ativas no Brasil que garantam que elas não contribuam para a destruição da Amazônia.

14/08/2019
REUTERS/Ueslei Marcelino - RC1734E18550
14/08/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino - RC1734E18550
Foto: Reuters

Representantes da petrolífera Equinor, da fabricante de fertilizantes Yara e da produtora de alumínio Norsk Hydro, na qual o Estado norueguês é o principal proprietário, participaram de uma reunião nesta terça-feira com o ministro do Clima e Meio Ambiente, Ola Elvestuen, para discutir as queimadas na Amazônia.

"Elas devem estar conscientes sobre suas cadeias de fornecimento e garantir que não ajudem a contribuir para o desmatamento", disse Elvestuen a repórteres após a reunião, na segunda-feira, em resposta às chamas que afetam a vasta Floresta Amazônica.

No início desta terça-feira, Brasília disse que não aceitaria uma oferta de pelo menos 20 milhões de dólares do G7 para combater os incêndios até o presidente francês, Emmanuel Macron, se retratar de "insultos" contra o presidente Jair Bolsonaro.

A Noruega trabalhou em estreita colaboração com o Brasil para proteger a floresta amazônica por mais de uma década e pagou cerca de 1,2 bilhão de dólares ao Fundo Amazônia, do qual é de longe a maior doadora.

Perguntado nesta terça-feira o que a Noruega faria com o dinheiro que não estava doando ao fundo, Elvestuen disse à Reuters: "Ainda não foi decidido".

A Equinor disse que era importante que a floresta tropical estivesse protegida e que a empresa não estivesse envolvida em atividades lá, mas limitada à exploração de petróleo offshore e a uma fazenda solar.

"Garantimos que nossa cadeia de fornecimento não tenha um impacto negativo na floresta", disse um porta-voz da empresa.

A Hydro disse que está trabalhando ativamente na redução de seu rastro climático e ambiental em todos os seus negócios e apoiou os esforços para reduzir o desmatamento na Amazônia com, por exemplo, colaboração em pesquisas entre a universidade de Oslo e uma universidade no Estado do Pará.

"A Hydro possui uma mina de bauxita no Pará que respeita as regulamentações ambientais. Usamos recursos significativos para replantar e reabilitar áreas de mineração e temos o objetivo de realizar um reflorestamento individual das áreas disponíveis", disse um porta-voz da empresa. "A Hydro está focada em manter um bom diálogo e boas relações bilaterais entre a Noruega e o Brasil."

A Yara, que não estava disponível para comentar, produz fertilizantes no Brasil e fornece produtos aos agricultores brasileiros.

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