Quais são os tipos de solo? Confira as diferenças entre eles
O solo não é o mesmo em todos os lugares, por isso, é importante conhecer seus tipos e nuances
O solo é formado pela natureza, depositando minerais e orgânicos em camadas devido à ação da atmosfera e de animais. O solo é essencial para a produção de alimentos.
O solo é resultado de um demorado trabalho realizado pela natureza, em que partículas minerais e orgânicas são depositadas em camadas conforme o desgaste das rochas no relevo da Terra. Isso acontece devido à ação da atmosfera e de animais, por exemplo.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), são necessários cerca de 400 anos para se formar um centímetro de solo. E no solo há elementos minerais fundamentais para as plantas. Por isso, em todo o mundo, ele é a base da produção de alimentos
O que é solo?
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) classifica o solo como um meio complexo e heterogêneo, produto de alteração do remanejamento e da organização do material original, que podem ser rochas, sedimentos ou outros solos. O solo é formado pela ação de animais, pela atmosfera e pelas trocas de energia.
O solo é constituído por quantidades variáveis de minerais, matéria orgânica, água e organismos vivos.
Tipos de solo
O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), coordenado pela Embrapa, mostra que o território brasileiro possui uma rica diversidade de solos. Nas 13 classes de solos contidas no SiBCS, predominam os latossolos, argissolos e neossolos (entenda abaixo), que compõem aproximadamente 70% do território nacional.
Confira abaixo todos os tipos listados pela Embrapa:
- Argissolos: sua principal característica é a nítida separação entre horizontes quanto à cor, estrutura e textura;
- Cambissolos: solos minerais pouco profundos, com textura média ou fina;
- Chernossolos: solos ricos em matéria orgânica, é mais escuro e espesso;
- Espodossolos: predominantemente arenosos, se caracterizam por alternarem camadas claras e escuras;
- Gleissolos: solos minerais formados em ambientes de alagamento, que costumam ser mais acinzentados;
- Latossolos: o solo mais comum no Brasil, é caracterizado por cores mais avermelhadas, acidez e baixa fertilidade;
- Luvissolos: rasos, raramente ultrapassam um metro de profundidade e apresentam mudanças de textura abruptas. Além disso, possuem alta saturação de cálcio e magnésio, e alta fertilidade química natural, o que facilita o uso agrícola;
- Neossolos: são solos pouco evoluídos de material mineral ou orgânico e pouco espessos. Para serem utilizados na agricultura, é preciso corrigir sua acidez e as quantidade de alumínio, por exemplo;
- Nitossolos: são argilosos, caracterizados pela retenção de água e boa drenagem e acidez ligeiramente elevada;
- Organossolos: caracterizados por uma coloração preta ou cinza-escura e elevada capacidade de armazenamento de água, são solos que possuem altas taxas de matéria orgânica, resultantes de acumulações de restos vegetais;
- Planossolos: solo típico de áreas semiáridas, que aparece principalmente no Agreste de Pernambuco e áreas dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Sergipe e Paraíba;
- Plintossolos: comuns nas regiões Centro-Oeste e Norte, é um solo mais pobre quanto à fertilidade natural e normalmente é utilizado com pastagens;
- Vertissolos: solos argilosos, de alta plasticidade e pegajosidade, que costumam aparecer na parte baixa de encostas.
Importância do solo
Segundo a Cetesb, o solo é fonte dos minerais e nutrientes dos quais todos os seres vivos precisam para sobreviver. A companhia aponta que entre as funções do solo estão:
- Sustentação da vida e do “habitat” para pessoas, animais, plantas e outros organismos;
- Manutenção do ciclo da água e dos nutrientes;
- Proteção da água subterrânea;
- Manutenção do patrimônio histórico, natural e cultural;
- Conservação das reservas minerais e de matérias primas;
- Produção de alimentos; e
- Meio para manutenção da atividade sócio-econômica.