Rodrigo Maia: "Brasil não pode abrir mão nem de R$ 1"
Presidente da Câmara dos Deputados afirma que o País deve aceitar recursos oferecidos pelo G-7
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira, 27, que o Brasil deve aceitar o recurso oferecido pelos países que fazem parte do G-7 para o combate aos incêndios na Amazônia. "Acho que o Brasil não pode abrir mão nem de um real. A situação do orçamento federal, de Estados e municípios é dramática", disse. "Nós temos de receber os recursos e ter regras em um País soberano como o nosso, da execução desses recursos. Isso é importante", disse.
Maia afirmou ainda que o conflito acabou "indo para o lado pessoal". Nos últimos dias o presidente da República, Jair Bolsonaro, trocou farpas com seu par francês, Emmanuel Macron. Ainda sobre a Amazônia, Maia voltou a afirmar que está na expectativa para a liberação de recursos da Petrobrás para o meio ambiente.
Ele disse ainda que a crise tem impactos no projeto de lei sobre o Licenciamento Ambiental. "Essa polêmica nos obriga a dar mais transparência à discussão do licenciamento ambiental", disse.
Projeto que remunera proprietários rurais pela manutenção da floresta pode ser votado
A Câmara deve votar nesta terça a urgência do projeto que remunera proprietários rurais pela manutenção de florestas. Os deputados vão tentar votar o mérito da matéria também nesta terça-feira.
Segundo a líder da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a oposição não deve obstruir o tema. No entanto, o plenário precisa resolver ainda outra matéria que está trancando a pauta, sobre peritos do INSS.
O presidente da Comissão do Meio Ambiente, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), disse que o projeto sobre a remuneração que deve ser levado ao plenário reúne o relatório do deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP), com um outro projeto do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).
Ainda sobre a questão ambiental, lideranças da Câmara discutem a possibilidade de levar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para uma comissão de debate na semana que vem no plenário da Câmara. Ainda não está decidido se Salles será convidado ou convocado.