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Segurança hídrica mundial custa US$ 650 bi ao ano, diz CMA

19 mar 2018 - 11h39
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Presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, discursa na abertura do 8º Fórum Mundial da Água
Presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, discursa na abertura do 8º Fórum Mundial da Água
Foto: Divulgação/NBR

O presidente do Conselho Mundial da Água (CMA), Benedito Braga, defendeu o compartilhamento de bacias hidrográficas entre os países e o investimento "em massa" de recursos para garantir a segurança hídrica de todos os países. Ao discursar na abertura oficial do Fórum Mundial da Água, Benedito Braga afirmou que os governos deveriam colocar a água como "cerne' dos eventos que promoverem.

De acordo com Braga, para os países garantirem a segurança hídrica necessária, presente nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, é preciso que haja "investimento em massa" da ordem de US$ 650 bilhões por ano até 2030. "Precisamos de mais vontade política de governos para garantirmos a segurança hídrica. Precisamos de mais financiamento para garantir os objetivos de desenvolvimento sustentável na ONU", disse.

Segundo ele, o desenvolvimento neste campo depende do engajamento também de outros setores, como energia e saneamento. "Esse fórum deve comprovar que compartilhamento de uma bacia hidrográfica não deve ser um fardo, e sim um incentivo e oportunidade para melhorar a governança", afirmou Braga, que discursou na abertura do evento após o presidente Michel Temer.

Antes de desejar uma semana "muito frutífera" aos participantes do fórum, Benedito Braga defendeu que a comunidade hídrica faça valer, em diferentes ocasiões, a capacidade de "colocar a água no cerne dos eventos". "Tenho certeza que vamos conseguir atingir patamar de segurança hídrica juntos", afirmou.

Antes do conselheiro, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, deu as boas vindas aos participantes e abordou a crise hídrica que vive a capital federal. Ele atribuiu o desabastecimento de Brasília e de suas vizinhas, que motivou um racionamento de água há mais de um ano, ao "expressivo crescimento populacional", à falta de investimentos em infraestrutura e ao baixo volume de chuvas nos últimos três anos.

"O Fórum Mundial da Água deve deixar um legado para essa e futuras gerações. Precisamos compartilhar água. Para isso, precisamos compartilhar saberes, opiniões, ideias experiências. Devemos cooperar", disse.

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