Você conhece o cuxiú-preto? Macaco da Amazônia está em risco de extinção
Espécie é classificada como Vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a conservação da Natureza
O cuxiú-preto (Chiropotes satanas), primata endêmico do Brasil, é reconhecido por sua pelagem preta espessa e sua barba, além de uma cauda semelhante à de uma raposa. Nativo do extremo-leste da Amazônia, a espécie encontra-se em perigo de extinção, e é classificada como Vulnerável (VU) na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a conservação da Natureza (IUCN).
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De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB/ICMBio), o cuxiú-preto ocupa áreas do arco do desmatamento no leste da Amazônia, onde a caça e a perda de habitat são as principais ameaças à sua sobrevivência. Esses primatas dependem de florestas primárias com alta oferta de frutos, fundamentais para sua alimentação e sobrevivência.
Conheça a seguir algumas características dessa espécie.
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O que comem
A dieta da espécie é composta principalmente de frutos e complementada por sementes e, ocasionalmente, artrópodes, que são pequenos invertebrados com exoesqueleto, corpo segmentado e apêndices articulados, como insetos, aranhas e crustáceos.
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Como vivem
Os cuxiús costumam viver em grandes grupos, que podem reunir até 40 indivíduos, e preferem as florestas de terra firme nos estratos médio e superior. Embora sejam capazes de se adaptar a pequenos fragmentos de florestas secundárias, sua sobrevivência nesses locais depende da ausência de pressão de caça.
Estudos sobre o comportamento da espécie apontam que o cuxiú-preto é extremamente ágil e se destaca pelas atividades de deslocamento e alimentação. Ele também pode formar associações com outras espécies de primatas, como o Sapajus apella e o Saimiri sciureus, o que ajuda tanto na busca por alimentos quanto na proteção contra predadores.
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Por que estão em risco
A fragmentação e a degradação de seu habitat são as principais causas da drástica diminuição de sua população, segundo levantamento do CPB/ICMBio. Além disso, atividades humanas como a caça, o desmatamento e a expansão das áreas agrícolas colocam a espécie em maior risco.