Nível do Guaíba diminui 17 cm em 24 horas e apresenta menor patamar desde sábado
Última medição realizada na manhã desta quarta-feira, 8, aponta que lago no RS está com 5,10 metros
O nível do Guaíba caiu 17 cm em um dia, passando de 5,27 para 5,10 metros. O número ainda é muito superior ao registrado no pico da maior enchente da história do estado, em 1941. Na época, o lago chegou a 4,76 metros.
Em meio às enchentes que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada, as águas do Guaíba chegaram a transbordar e inundar parte do centro de Porto Alegre, além da rodoviária e do aeroporto Salgado Filho. De lá para cá, o patamar do lago tem caído. Nesta quarta-feira, 8, o boletim divulgado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) mostra que o Guaíba diminuiu cerca de 17 centímetros em 24 horas: passou de 5,27 para 5,10 metros.
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A última medição foi realizada às 8 horas da manhã pela Sema. O nível é o menor registrado desde sábado, 4, quando o Guaíba apontava 5,16 metros. Já o pico foi na segunda-feira, 6, quando o lago apresentou 5,33 metros às 20 horas.
Desde a noite da última terça-feira, 7, o nível da água do Guaíba vem diminuindo constantemente. Somente da meia-noite até às 8 desta manhã, a medição saiu de 5,20 metros para 5,10.
Esse número ajuda a mensurar o tamanho do estrago feito pelas enchentes no Estado. Para se ter um comparativo, o nível mais alto já registrado do Guaíba durante a maior enchente da história, em 1941, foi de 4,76 metros.
No entanto, a diminuição ainda está aquém do necessário para conter os avanços da água pela capital gaúcha. Isso porque o Guaíba está cerca de 2 metros acima da cota de inundação, que está definida em 3 metros.
Boletim recente
O último boletim divulgado às 9h nesta quarta-feira, 8, mostra que subiu para 414 o número de municípios afetados pelas enchentes causadas que atingiram o Rio Grande do Sul, conforme balanço da Defesa Civil. São 13 a mais do que no boletim anterior, de terça, 7.
Apesar de haver mais cidades afetadas, o número de desaparecidos caiu, passando de 131 para 128. A quantidade de óbitos confirmados se manteve a mesma, 95 em mais de 40 cidades. Cruzeiro do Sul e Gramado foram os municípios com mais registro de pessoas mortas por causa das chuvas, 8 e 7, respectivamente.
Até o momento, há o registro de 1.450.078 pessoas afetadas pelo desastre, 6.128 e mais do que na terça-feira. Destes, 66.434 estão em abrigos, 158.992 estão desalojados, e há 372 feridos.
A Defesa Civil investiga ainda a causa de outros quatro óbitos que podem ter relação com as enchentes, nas cidades de Caxias do Sul, Pinhal Grande, Santa Maria e Três Coroas.