Nível do rio Guaíba baixa 8 cm em menos de 24h, e água para de avançar em Porto Alegre
Medição feita no Cais Mauá pelas autoridades apontou queda de 5,12 metros para 5,04
O nível do rio Guaíba, em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), baixou 8 centímetros em menos de 24 horas, segundo a medição feita às 16h15 desta quarta-feira, 8, divulgada pelo Centro Integrado de Coordenação de Serviços (Ceic) nas redes sociais. O estado enfrenta uma tragédia climática desde o fim de abril, com ruas de centenas de cidades afetadas pela enchente e temporais. Nesta quinta, o nível do Guaíba se manteve.
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A medição é feita pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no Cais Mauá, e é divulgada várias vezes ao dia pelas redes sociais do Ceic. Foi apontado que, na manhã de quarta-feira, 8, o Guaíba estava com 5,12 metros, e passou para 5,04 metros no fim do dia, uma diferença de 8 centímetros. Às 7h30 desta quinta-feira, 9, o nível permaneceu em 5,04.
O rio continua mais de 2 metros acima da cota de inundação, que é de 3 metros, no entanto, a água deixou de avançar para as ruas da capital gaúcha. Em algumas regiões, moradores perceberam que o nível está baixando.
O maior nível já registrado na história do Guaíba foi de 5,33 metros, na manhã do último domingo, 5. Antes disso, o recorde havia sido registrado no ano de 1941, com 4,76 metros.
🌊 Nível do Guaíba
📏 Cais Mauá
Cota atual: 5,04m
Cota de Alerta: 2,5m
Cota de Inundação: 3m
Informação obtida às 16h15min por meio da régua da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) e Agência Nacional de Águas (ANA).
— Ceic Porto Alegre (@CEIC_POA) May 8, 2024
O boletim emitido pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, às 9h desta quinta-feira, 9, confirmou 107 mortes em razão das enchentes, e dois óbitos estão em investigação. São 136 desaparecidos, 164.583 desalojados e 374 feridos. Nas 425 cidades afetadas, o número de pessoas afetadas é 1.476.170, e os moradores que estão em abrigos são 67.542.
Frentes frias devem cessar chuvas
A chegada de novas frentes frias no Sul do Brasil nas próximas semanas deve quebrar o bloqueio atmosférico que atua no país. É esse bloqueio que tem causado o calor atípico para o mês nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e contribuído para as chuvas no Rio Grande do Sul.
Esses bloqueios muito fortes, no entanto, geralmente só são rompidos por mais de uma frente fria. "É como se a primeira desse umas 'marretadas no paredão do bloqueio dos ventos' e a segunda 'entrasse com as britadeiras de grande porte'", diz o Climatempo.
Uma primeira frente fria chegou à região Sul nesta quarta-feira, 8. Nos dias 11 e 12, uma segunda frente fria é esperada com mais força.
A previsão do Climatempo é de que essa segunda frente fria derrube as temperaturas dos três estados do Sul do Brasil e mantenha as nuvens carregadas afastadas do Rio Grande do Sul.