O Pantanal registrou recorde histórico de queimadas no primeiro semestre deste ano. Satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram 3.262 focos de queimadas entre 1º de janeiro e 23 de junho no bioma brasileiro, o maior desde o início do monitoramento, em 1988. A marca é 22 vezes maior do que os registros do mesmo período em 2023.
O aumento das queimadas em 2024, de acordo com especialistas, está ligado principalmente à crise climática. O Pantanal vive seca hídrica severa. Chuvas escassas no começo do ano foram insuficientes para transbordar rios e conectar lagoas e o Rio Paraguai, o principal do bioma, que atingiu níveis baixos para o período. Além disso, o bioma sofreu com as ações humanas de devastação no Cerrado, uma vez que os dois são interconectados.
As queimadas no Pantanal já destruíram 627 mil hectares só neste ano. Do total de hectares queimados, 480 mil ficam em Mato Grosso do Sul e 148 mil em Mato Grosso, conforme os dados divulgados até domingo, 23, pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A seguir, veja fotos que mostram a situação do Pantanal com as queimadas: