1,6 milhão de moradores seguem sem luz na capital e na Grande São Paulo após tempestade
Tempestade causou uma morte, provocou queda de ávores e causou apagão
A forte tempestade que atingiu a cidade de São Paulo na noite de sexta-feira, 11, ainda causa reflexo nos moradores da capital e da região metropolitana. De acordo com a Enel, concessionária de energia que abastece a região, cerca de 1,6 milhão de pessoas ainda estão sem luz neste sábado, 12, por causa dos reflexos das fortes chuvas.
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Em comunicado, a distribuidora de energia afirmou que na sexta-feira, às 20h, 2,1 milhões de clientes tiveram o serviço afetado. "De imediato, a companhia acionou um plano de emergência e cerca de 800 equipes (1,6 mil técnicos) estão em campo. Ao longo do dia, a empresa mobilizará cerca de 2500 técnicos. Em alguns locais, trechos inteiros da rede foram danificados e será preciso reconstruir quilômetros de rede, trocar postes, transformadores e outros equipamentos.A companhia está disponibilizando cerca de 500 geradores para os casos mais críticos e reforçou os canais de atendimento.Dois helicópteros estão percorrendo as linhas de alta tensão para identificar falhas em locais de difícil acesso", diz o comunicado.
A tempestade de sexta deixou a capital paulista em estado de atenção em diferentes regiões, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura. Às 19h30, um alerta foi emitido pelo CGE para todas as regiões. Pouco depois, às 20h07, o órgão também alertou para iminência de transbordamento dos córregos Água Espraiada e Ponte Rasa, encerrado às 20h22.
Os alertas de estado de atenção foram encerrados às 21h. Segundo o CGE, as áreas de instabilidade perderam força, restando chuva fraca e chuviscos na capital. Não há previsão de novos temporais, segundo o órgão.
O Corpo de Bombeiros atendeu 142 chamados para quedas de árvores na capital e na Região Metropolitana, de acordo com o último balanço da corporação, divulgado na manhã deste sábado, 12. As principais ocorrências estão concentradas nos bairros Vila Andrade, Diadema, Campo Grande, Campo Limpo e Jaraguá.
Também houve dois desabamentos, o primeiro às 20h20 de sexta-feira na Rua Engenheiro Leo Psanquevich, em Cotia, com três vítimas, duas encaminhadas ao Pronto-Socorro Regional de Cotia e outra ao PS Atalaia. A corporação permanece no local prestando atendimento à população.
Outro incidente aconteceu às 20h50 na Rua Xico Santeiro, no Jardim São Luís, onde um telhado desabou. Segundo os bombeiros, não houve vítima no local.
No Aeroporto de Congonhas, operações de pousos e decolagens foram temporariamente suspensos, entre 19h53 e 20h12, segundo a Aena, empresa que administra o terminal. A concessionária recomendou, ainda, que passageiros contatem as companhias aéreas para verificar a situação de seus voos.
À população, é recomendado evitar em ruas alagadas, não enfrentar correntezas, permanecer em local seguro e, caso precise, procurar ajuda, além de manter-se longe da rede elétrica e árvores, buscando abrigos em casas e prédios.
Rajadas de vento de mais de 100 km/h
Além da chuva intensa, fortes rajadas de vento atingiram a capital paulista na noite desta sexta-feira. A ventania destelhou edifícios, como parte da cobertura do Shopping SP Market, na zona sul (veja acima).
Foi na região sul de São Paulo onde, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram registrados ventos de 108 km/h. A medição aconteceu na estação meteorológica de Interlagos.
Na zona norte, o Aeroporto Campo de Marte registrou uma rajada de 88 km/h às 19h44. Outra estação localizada na região, a do Mirante de Santana, operada pelo Inmet, registrou 75 km/h entre 19h e 20h.