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2023 bate recorde e pode ter sido o ano mais quente dos últimos 100 mil anos, diz observatório

Segundo pesquisadores do Serviço de Alterações Climáticas Copernicus, da União Europeia, temperaturas globais estão perto do limite de 1,5°C

9 jan 2024 - 14h45
(atualizado às 16h25)
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2023 foi o ano mais quente já registrado
2023 foi o ano mais quente já registrado
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil / Flipar

O ano de 2023 foi o ano mais quente já registrado desde que começaram as medições, com uma temperatura média global 0,17°C superior ao valor anual mais elevado anterior, registrado em 2016, de acordo com o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia.

Este número é o mais elevado desde que os registos obtidos em 1940 e provavelmente o mais alto em 100 mil anos, provocando ondas de calor, secas e incêndios florestais.

"2023 foi um ano excepcional com recordes climáticos caindo como dominós. As temperaturas em 2023 provavelmente foram as mais altas ao menos nos últimos 100 mil anos", disse Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia.

Essa perspectiva é possível por conta dos estudos de paleoclimatologia, em que pesquisadores utilizam técnicas e métodos que permitem estimar a temperatura de determinada época da história simulando a atmosfera do passado. 

A temperatura média anual de 14,98°C esteve perto de atingir 1,5 °C acima dos tempos pré-industriais, um limite que os países pretendem evitar desde o Acordo de Paris de 2015.

Valor é o mais elevado desde que os registos obtidos em 1940 e provavelmente o mais elevado em 100 mil anos, provocando ondas de calor, secas e incêndios florestais.
Valor é o mais elevado desde que os registos obtidos em 1940 e provavelmente o mais elevado em 100 mil anos, provocando ondas de calor, secas e incêndios florestais.
Foto: Poder360

Destaques da temperatura global da superfície:

  • 2023 é confirmado como o ano civil mais quente nos registros de dados de temperatura global que remontam a 1850;
  • Ano passadoi também foi 0,60°C mais quente do que a média de 1991-2020;

Além disso, a C3S afirmou que o ano passado marcou a primeira vez desde que há registro de que todos os dias num ano ultrapassaram 1°C acima do nível pré-industrial de 1850-1900. 

Quase 50% dos dias foram 1,5 °C mais quente do que o nível de 1850-1900, e dois dias em Novembro foram, pela primeira vez, mais de 2°C mais quentes.

De acordo com o relatório, este aumento foi impulsionado por uma série de fatores, incluindo as emissões de gases de efeito estufa, que continuam a aumentar, e as mudanças na circulação atmosférica.

Segundo os cientistas, as consequências das alterações climáticas já estão a ser sentidas em todo o mundo, com fenômenos meteorológicos extremos a tornarem-se mais frequentes e intensos.

Em 2023, as ondas de calor, as secas e os incêndios florestais atingiram níveis recordes em muitas partes do mundo, causando danos à propriedade e à vida humana.

Os pesquisadores alertaram que as alterações climáticas continuam a ser uma ameaça existencial para a humanidade, e que é necessário tomar medidas urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Fonte: Redação Byte
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