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Bandeira verde em agosto e situação dos reservatórios no Brasil

Bandeira tarifária verde para agosto mantém contas de luz sem custo extra; análise mostra condições variadas nos reservatórios de energia pelo Brasil.

29 jul 2024 - 10h49
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária de energia elétrica para agosto será verde. Isso significa que os consumidores não terão custo extra nas contas de luz no próximo mês. Segundo a Aneel, as condições favoráveis para a geração de energia elétrica no país permitem a adoção da bandeira verde, sem cobrança adicional.

Em julho, a bandeira tarifária estava amarela, com um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos, devido à previsão de chuvas abaixo da média e ao aumento esperado no consumo de energia. O sistema de bandeiras tarifárias, criado pela Aneel em 2015, indica aos consumidores os custos de geração de energia no Brasil. O acionamento de cada bandeira é calculado com base no risco hidrológico e no preço da energia. As bandeiras funcionam da seguinte maneira: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos, sendo a bandeira vermelha a de maior custo, e a verde, sem custo extra.

Foto: Climatempo

Fonte: GettyImages

Análise dos reservatórios de energia hidrelétrica

Para entender melhor a situação, vamos analisar os dados dos subsistemas de energia hidrelétrica no Brasil, focando nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, que influenciam diretamente nas tarifas de energia.

Subsistema Sudeste/Centro-Oeste

EAR Atual: 63,25% (nível moderado)

Principais Bacias e Reservatórios:

Bacia do Grande:

  • Reservatórios principais: M. Moraes (73,82%), Furnas (63,20%), Marimbondo (40,25% - nível baixo)

Bacia do Paraíba do Sul:

  • Paraibuna: 80,64% (bom nível)

Bacia do Paraná:

  • I. Solteira: 87,97% (excelente nível)

Bacia do Paranaíba:

  • Reservatórios principais: São Simão (73,19%), Itumbiara (64,72%), Serra do Facão (23,67% - nível crítico)

Bacia do Paranapanema:

  • Jurumirim: 26,76% (nível preocupante)

Bacia do Tietê:

  • Três Irmãos: 88,05% (bom nível)

Bacia do Tocantins:

  • Serra da Mesa: 71,02% (nível razoável)

Subsistema Sul

EAR Atual: 91,20% (excelente nível)

Principais Bacias e Reservatórios:

Bacia do Iguaçu:

  • G. B. Munhoz: 97,18%, Salto Santiago: 87,26% (excelentes níveis)

Bacia do Jacuí

  • Passo Real: 86,22% (bom nível)

Bacia do Uruguai:

  • Reservatórios principais: São Roque (105,72%), Campos Novos (98,20%), Machadinho (97,13%) (níveis excepcionalmente altos)

Análise e implicações

Com um armazenamento atual de 63,25%, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresenta uma situação mista: enquanto alguns reservatórios, como os da Bacia do Paranaíba, estão relativamente bem abastecidos, outros, como os da Bacia do Grande e Paranapanema, mostram níveis mais baixos. Isso pode exigir um gerenciamento mais atento da geração de energia.

Além disso, as cheias no Sul, onde o subsistema está com um armazenamento excelente de 91,20%, são particularmente importantes. A alta capacidade dos reservatórios nesta região, como o Iguaçu e o Uruguai, não só garante uma oferta estável de energia, mas também ajuda a reduzir a dependência de usinas termelétricas mais caras. Esse cenário favorece a manutenção de tarifas de energia mais baixas em todo o país.

Conclusão

A gestão dos recursos hídricos e a regularidade das chuvas serão determinantes para a política tarifária de energia no Brasil em 2024. A região Sul se beneficia de altos níveis nos reservatórios, enquanto o Sudeste/Centro-Oeste precisa monitorar de perto as condições climáticas para evitar aumentos nas tarifas.

Climatempo
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