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Cãibras e até a morte: conheça as aves venenosas descobertas na Nova Guiné

Penas das aves contêm neurotoxina que as torna venenosas

2 jul 2024 - 05h00
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Ave-de-cabeça-ruiva (Aleadryas rufinucha) e assobiador-regente (Pachycephala schlegelii)
Ave-de-cabeça-ruiva (Aleadryas rufinucha) e assobiador-regente (Pachycephala schlegelii)
Foto: Reprodução/New Guinea Birds

Duas novas espécies de aves venenosas foram descobertas nas florestas da Nova Guiné, na Oceania, por pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. O assobiador-regente (Pachycephala schlegelii) e a ave-de-cabeça-ruiva (Aleadryas rufinucha) carregam uma neurotoxina em suas penas. A informação é da Prensa Latina

"Elas contêm uma neurotoxina que podem tolerar e armazenar em suas penas", afirmou um dos autores da descoberta, Knud Jonsson, do Museu de História Natural da Dinamarca.

Ambas as espécies podem ser encontradas na Indonésia e Papua-Nova Guiné. Mas, de acordo com Jonsson, a equipe ficou surpresa com as aves, pois nenhuma espécie venenosa havia sido descoberta em mais de 20 anos.

"Particularmente, porque essas duas espécies de aves são muito comuns nesta parte do mundo", afirmou o especialista. 

O veneno presente na plumagem dos animais é chamado de batracotoxina, uma neurotoxina muito potente que, em concentrações mais altas, pode causar cãibras e até parada cardíaca. 

"A toxina das aves é do mesmo tipo encontrado nas rãs, que é uma neurotoxina que, ao forçar os canais de sódio no tecido muscular esquelético a permanecerem abertos, pode causar convulsões violentas e, em última instância, a morte", esclareceu o cientista Kasun Bodawatta.

As rãs venenosas da América do Sul usam a sua toxina para se proteger dos predadores. Apesar de o nível de toxicidade das aves da Nova Guiné serem um pouco menos letal, ainda pode ter um propósito defensivo. Por outro lado, a importância adaptativa para as aves é incerta.

Fonte: Redação Terra
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