Com 41 mortos por ciclone, RS vê número de desaparecidos subir para 46
No total, 85 municípios gaúchos foram afetados pelas chuvas, que deixaram mais de 3.046 desabrigados e 7.781 desalojados
O número de desaparecidos em decorrência da passagem de um ciclone extratropical que provocou chuvas intensas e causou alagamentos e destruições no Rio Grande do Sul subiu para 46 nesta sexta-feira, informou o governo estadual, acrescentando que o número de mortos se manteve em 41.
A alta no número de desaparecidos se deveu à cidade de Muçum, que após registrar 9 desaparecidos na quinta-feira teve o dado elevado para 30. Muçum também concentra o maior número de vítimas fatais em decorrência da tragédia ocorrida entre segunda e terça-feira, com 15 mortos. Há ainda 8 desaparecidos em Arroio do Meio e 8 em Lajeado.
No total, 85 municípios gaúchos foram afetados pelas chuvas causadas pelo ciclone, que deixaram mais de 3.046 desabrigados e 7.781 desalojados ao transformar ruas em verdadeiros rios.
O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), decretou estado de calamidade pública e cancelou todos os desfiles de 7 de Setembro que ocorreriam na quinta-feira no Estado, em decorrência da tragédia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acompanhou o 7 de Setembro em Brasília, colocou o governo federal à disposição dos gaúchos e enviou ministros ao Rio Grande do Sul para acompanhar os trabalhos.
Nesta sexta-feira, o presidente em exercício, Geraldo Alckimin, realizava uma reunião no Palácio do Planalto com uma série de ministro do governo, assessores e o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, para abordar a crise.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou mais cedo que o governo vai antecipar "o pagamento dos benefícios previdenciários e assistenciais da Previdência para mais de 700 mil pessoas atingidas pela catástrofe".
Além das vítimas no Rio Grande do Sul, uma pessoa morreu em Santa Catarina quando uma árvore caiu sobre o carro em que estava no município de Jupiá. As rajadas de vento no Estado passaram de 110km/h em decorrência do ciclone.
Em junho, 16 pessoas morreram no Rio Grande do Sul também em decorrência da passagem de um ciclone extratropical pelo Estado. No início do ano, o Estado enfrentou uma das secas mais severas de sua história, que atingiu centenas de municípios gaúchos.