Cresce ritmo de afundamento do solo em mina da Braskem em Maceió
Eventual colapso pode gerar cratera do tamanho do Maracanã
O afundamento do solo sobre uma mina de sal-gema da empresa Braskem em Maceió, capital de Alagoas, voltou a acelerar nesta segunda-feira, 4, aumentando o risco de uma tragédia na cidade, de acordo com a Defesa Civil.
A velocidade vertical de deslocamento do solo era de 0,24 cm por hora entre sábado e domingo, valor que aumentou para 0,26 cm por hora de domingo para segunda no bairro do Mutange, onde continua proibida a circulação de pessoas e veículos.
Nesta terça-feira, 5, o presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) deve receber em Brasília o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), para analisar a crise e o risco de colapso da mina.
A Justiça Federal determinou a remoção compulsória de 23 famílias que ainda estavam na área, que foi classificada com o mais alto nível de "criticidade".
O possível colapso da mina pode causar o maior desastre ambiental urbano da história do Brasil e uma cratera do tamanho do Maracanã.
Por sua vez, o presidente da Braskem, Roberto Bischoff, disse que a situação não é tão "grave", já que "temos bons indicativos de que o solo vem se acomodando dia a dia de uma forma melhor".
Segundo o executivo, no entanto, ainda não é possível afirmar se o solo vai se acomodar de uma forma "mais gradual" ou "abrupta".