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'Crise climática está destruindo vidas', diz secretário-geral da ONU ao defender 'reforma profunda'

António Guterres criticou como emissões de poluentes continuam aumentando mesmo com consenso sobre urgência climática

22 set 2024 - 12h43
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NOVA YORK - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu "reformas profundas" nas instituições globais e ação urgente contra a crise climática ao discursar na abertura da Cúpula do Futuro, em Nova York, neste domingo, 22. Ele destacou que as mudanças climáticas estão destruindo vidas em diversos países.

No discurso, ressaltou a necessidade de agir rapidamente para reduzir o uso de combustíveis fósseis, mencionando que as emissões continuam a aumentar mesmo com o consenso sobre a urgência da ação climática. "A crise climática está destruindo vidas, devastando comunidades e prejudicando economias", declarou.

Guterres disse que os atuais mecanismos multilaterais de cooperação internacional não conseguem responder aos desafios do século 21. Também alertou para o risco de o mundo estar "saindo do caminho", com conflitos em várias regiões, incluindo a Ucrânia e o Oriente Médio. "Precisamos de decisões difíceis para voltar ao caminho certo", afirmou.

O secretário-geral reforçou a necessidade de atualizar o Conselho de Segurança da ONU, tornando-o mais representativo, e reformar a arquitetura financeira internacional, estabelecida quando os países estavam sob domínio colonial. Ele enfatizou que a América Latina, assim como outras regiões do mundo, precisa ser melhor representada nos organismos internacionais para que suas necessidades e desafios sejam adequadamente atendidos.

Guterres afirmou que muitos países em desenvolvimento estão "afundando em dívidas" e não conseguem atender às necessidades dos seus habitantes. "A arquitetura financeira internacional foi estabelecida quando muitos dos países que se desenvolvem hoje estavam sob domínio colonial", disse.

Ele destacou que o sistema financeiro atual não é capaz de enfrentar os desafios contemporâneos, como a crise climática. O secretário-geral ressaltou que o sistema financeiro precisa ser mais inclusivo e representativo da economia global atual, e que as instituições globais devem oferecer uma rede de segurança eficaz para os países em desenvolvimento.

"Nosso mundo está passando por uma fase de turbulência e transição, e a atual arquitetura financeira não é suficiente para lidar com essas mudanças", afirmou.

'Pacto pelo futuro'

No evento, os 193 países-membros da ONU adotaram o chamado "pacto do futuro". O texto contém 56 ações para enfrentar os maiores desafios da nossa época.

Dentre os desafios listados, estão as mudanças climáticas, a desigualdade social, a manutenção da paz e a inteligência artificial. "Acreditamos que exista um caminho para um futuro melhor para humanidade, incluindo aqueles que vivem na pobreza e exclusão", disse o chefe da ONU./ COM INFORMAÇÕES DA AFP

Estadão
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