Filhote de baleia morre após comer balão de festa nos Estados Unidos
Animal apareceu morto em praia da Carolina do Norte; especialistas afirmam que ela provavelmente morreu de fome
Um filhote de baleia morreu após ingerir um balão de festa, nos Estados Unidos. Depois de aparecer morto em uma praia da Carolina do Norte no último dia 30, o animal foi levado para análise pela equipe da Marine Mammal Stranding da Carolina do Norte, que constatou a causa da morte.
Segundo o jornal norte-americano NY Post, o animal era uma baleia-bicuda-de-gervais, de quase 3,5 metros, e ainda estava em fase de amamentação. Sua carcaça foi levada ao Centro de Ciências e Tecnologia Marinhas da Universidade Estadual da Carolina do Norte para uma autópsia.
Durante o exame, descobriram um balão de plástico em forma de estrela. O objeto estava “amassado e obstruindo a passagem da digestão para o resto do trato gastrintestinal” no estômago do filhote, que estava aparentemente saudável, segundo o centro.
“Infelizmente, esta jovem baleia morreu devido à ingestão do plástico”, afirmaram os cientistas. Ela provavelmente morreu de fome por conta do bloqueio em seu estômago, contaram os pesquisadores.
O centro aproveitou para pedir às pessoas para pensar duas vezes antes de comprar balões de plástico. Em vez disso, os especialistas sugeriram buscar alternativas biodegradáveis, além de fazer o descarte correto.
“Isto pode evitar que se ‘soltem’ e representem um perigo desnecessário e trágico, fazendo com que a vida selvagem morra de fome e morra ao longo do tempo, como no caso infeliz desta baleia-bicuda-de-gervais”, disseram.
As baleias-bicudas-de-gervais são grandes mamíferos marinhos que vivem nas profundezas do oceano, perto da borda da plataforma continental e mais além. Elas passam a maior parte do tempo debaixo d’água, tornando raro vê-las por aí.
De acordo com o centro, cerca de 125 mamíferos marinhos – incluindo baleias, golfinhos, botos, focas e peixes-boi – aparecem nas praias da Carolina do Norte todos os anos. As razões para os encalhes variam desde causas naturais e doenças até interações humanas, como emaranhados em redes, colisões com barcos e plásticos.