Filhotes da arraia Charlotte estão bem e podem nascer a qualquer momento

Todos os olhos se voltaram para um aquário na Carolina do Norte, Estados Unidos, quando uma arraia engravidou sem contato com machos da mesma espécie. Agora, Charlotte, como foi batizada pelos funcionários do local, aguarda o parto. Uma nova ultrassom feita nesta semana mostra que os filhotes estão bem e podem nascer a qualquer momento. 

O caso que intrigou os cientistas e despertou curiosidade no público geral aconteceu no Aquarium and Shark Lab, em Hendersonville. Os funcionários do local publicaram um vídeo no último domingo, 10, mostrando os filhotes se movendo no útero de Charlotte em uma nova ultrassom. 

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Pelo que foi informado pela equipe, a gravidez da arraia corre dentro da normalidade, apesar das dúvidas sobre a fecundação. Segundo os funcionários do aquário, Charlotte carrega até quatro filhotes. 

No entanto, mesmo com todo o acompanhamento, não é possível prever o dia exato do parto. Isso porque a equipe que cuida da arraia não sabe exatamente quando o animal concebeu os filhotes. Eles ainda dividiram com o público que as ultrassonografias para arraias geralmente são realizadas em gestações tardias, como é o caso de Charlotte.

Enquanto as 'mini-arraias' não nascem, os curiosos podem acompanhar a gravidez de Charlotte pelos canais de comunicação do aquário. No TikTok, por exemplo, a empresa já conta com mais de 600 mil seguidores e os vídeos sobre a arraia alcançam até 1 milhão de visualizações. 

Entenda caso inusitado 

Em fevereiro, uma arraia de cerca de 16 anos chamou a atenção de cientistas na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Chamada de Charlotte, o animal engravidou sem ter tido contato com machos da espécie há pelo menos oito anos. 

Charlotte apresentava mordidas e escoriações comuns que ocorrem quando há cruzamento entre tubarões. Assim, os pesquisadores começaram a suspeitar que ela carregava de três a quatro filhos híbridos, já que desde julho de 2023, a arraia vive com outros dois jovens tubarões no aquário.

Porém os pesquisadores descartaram a ideia. Segundo os cientistas, além da diferença de tamanho, a anatomia e o DNA tornariam impossíveis uma procriação entre uma arraia e um tubarão.

Dessa forma, a arraia teria engravidado através de um fenômeno raro chamado partenogênese. Durante esse procedimento, são geradas células menores separadas dos óvulos da mãe, que posteriormente se combinam com o óvulo para dar origem à prole.

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Dependendo da temperatura da água, o período médio de gestação da arraia é de cerca de três a quatro meses. Assim que os filhotes de Charlotte nascerem, o Museu Field de História Natural de Chicago deverá fazer um teste de DNA na arraia e em seus filhotes para desvendar esse ‘mistério’.