Google passa a emitir quase 50% mais gás carbônico após investimento em IA
Big Tech emitiu 14,3 milhões de toneladas métricas de CO2 no último ano; dados são do relatório de sustentabilidade da companhia
As emissões de carbono do Google aumentaram quase 50% em cinco anos, quando comparados aos dados de 2019. O aumento é atribuído à forte demanda energética das operações de inteligência artificial (IA) nos data centers da companhia. Os dados são do relatório anual de sustentabilidade do Google, que foi divulgado na terça-feira, 2.
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Em 2023, o Google emitiu 14,3 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono. O número é 48% maior do que em 2019, quando foram emitidas 9,6 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono.
A explicação para o aumento está na demanda por eletricidade para a IA, o que não é um caso exclusivo do Google, mas sim uma tendência Global. Segundo a CNBC, a busca por eletricidade deve crescer cerca de 20% até 2030.
"À medida que integramos ainda mais a IA em nossos produtos, a redução de emissões pode ser desafiadoras devido às crescentes demandas de energia da maior intensidade da computação de IA, e às emissões associadas aos esperados aumentos em nossa infraestrutura técnica e investimento", diz um trecho do relatório.
O Google também afirmou no relatório que seus data centers são 1,8 vezes mais eficientes em termos energéticos do que um data center típico. Os desafios para atingir a meta de zerar suas emissões de carbono até 2030 são múltiplos. Entre as estratégias adotadas pela empresa estão a otimização de modelos e infraestruturas mais eficientes.