Jornal fotografa rachaduras em área de risco de colapso de mina em Maceió
As imagens são do bairro de Mustange, o mais atingido pela movimentação sísmica
Do alto, já é possível ver rachaduras que se formam na área de risco de colapso de a mina 18 da Braskem, em Maceió, capital de Alagoas. Nesta sexta-feira, 1º, o jornal Extra Alagoas compartilhou imagens aéreas feitas da região próxima ao antigo Centro de Treinamento do clube CSA, no bairro do Mutange.
O bairro é onde foi observada a movimentação sísmica mais significativa, chegando a 50 cm nas últimas 24h. A última média de movimentação calculada na área era da ordem de 18 cm por ano. Foram identificadas ainda trincas e rachadura no solo, que evoluíram significativamente.
Mais de mil tremores
Além de Mutange, os bairros de Pinheiro e Bebedouro foram atingidos por tremores nos últimos dias. No período de 19 a 24 de novembro, a Defesa Civil Nacional informou que foram registrados 1.011 abalos sísmicos na região.
O risco de colapso de mina em Maceió se intensifica a cada hora. Como aponta a Defesa Civil do município, a região do entorno da mina 18 da petroquímica Braskem, localizada próxima à lagoa, no bairro de Mutange, afunda 2,6 cm por hora. Já o deslocamento vertical acumulado é de 1,42 m.
Com o aumento significativo na movimentação do solo, as autoridades dizem que o rompimento pode acontecer a qualquer momento e uma enorme cratera pode ser aberta na região afetada. Há um sério risco de o colapso da mina 18 afetar as duas minas vizinhas (7 e 19), ampliando ainda mais os estragos na capital de Alagoas.