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Morte de milhares de peixes não está relacionada a rompimento de mina da Braskem, aponta IMA

Relatório do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) aponta que a mortandade está ligada ao alto nível de degradação da lagoa Mundaú

1 fev 2024 - 16h33
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Resumo
O IMA-AL concluiu que a mortandade de peixes na lagoa Mundaú foi causada por fatores de degradação da lagoa, como altas temperaturas, drenagem urbana, presença de agroquímicos e acúmulo de matéria orgânica, não tendo relação com o rompimento da mina 18 da Braskem.
Lagoa Mundaú, em Maceió repleta de peixes mortos
Lagoa Mundaú, em Maceió repleta de peixes mortos
Foto: Foto: reprodução @@carlosmadeiro X

A morte de milhares de peixes na lagoa Mundaú não teve relação com o rompimento da mina 18 da Braskem em Maceió (AL), informou o Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL). Segundo o órgão, a mortandade está ligada a fatores de degradação da lagoa, como altas temperaturas, drenagem urbana e presença de agroquímicos, entre outros. 

O instituto levou em consideração duas ocasiões em que pescadores da região registraram a morte de milhares de peixes na lagoa, em 31 de dezembro de 2023 e 10 de janeiro. Amostras da água foram coletadas por equipes do IMA e da Universidade Federal do Alagoas (Ufal).

 Dentre as causas da mortandade, o IMA elencou: 

  • Altas temperaturas;
  • Lançamento de efluentes industriais e domésticos
  • Drenagem urbana
  • Presença de agroquímicos e resíduos como derivados de combustível;
  • Acúmulo de matéria orgânica acentuada no leito da lagoa

Os pesquisadores chegaram à conclusão de que a lagoa Mundaú alcançou um patamar elevado de degradação após a realização de 124 ensaios analíticos, entre os dias 11 de dezembro e 12 de janeiro. Assim, a nota técnica descartou a ligação entre o rompimento da mina 18, ocorrida no início de dezembro e a morte dos peixes.

Morte de milhares de peixes não está relacionada a rompimento de mina da Braskem, aponta IMA
Morte de milhares de peixes não está relacionada a rompimento de mina da Braskem, aponta IMA
Foto: Divulgação/IMA-AL

Para a diminuição dos danos, o IMA realiza ações de educação ambiental e fiscaliza a região. O licenciamento de empreendidos com potencial risco de dano ambiental também estão sendo revisados, informou o instituto. 

À época dos registros dos pescadores, a Braskem informou que que não faz lançamento de qualquer efluente na lagoa e que o trabalho realizado pela empresa na região está relacionado com o fechamento dos poços para extração de sal e todas as atividades são devidamente licenciadas e fiscalizadas.

Fonte: Redação Terra
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