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Nadador é atacado por água-viva e resgatado por grupo de canoagem em Fortaleza

Uma semana depois do incidente, o aposentado Ricardo Duarte ainda sente sintomas do ataque

1 abr 2024 - 20h53
(atualizado às 22h08)
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Resumo
Ricardo Duarte, aposentado e corretor de imóveis de 67 anos, sofreu um ataque de água-viva na Praia Beira-Mar, em Fortaleza, Ceará. Um grupo feminino de canoagem o salvou, mas uma semana depois ele ainda sente sintomas.
Foto: Arquivo Pessoal/Ricardo Duarte

O aposentado e corretor de imóveis Ricardo Duarte, de 67 anos, já viu tubarão, tartaruga e golfinho em suas longas décadas de aventuras no mar. Mas foi um animal muito menor do que esses que provocou uma de suas piores experiências. Na última terça-feira, 26 de março, ele foi atacado por uma água-viva quando estava a cerca de 5 km da costa da praia de Beira-Mar, em Fortaleza (CE). Um grupo feminino de canoagem foi quem o salvou.

"Quando eu olhei meu braço, uma dor maior do mundo. Eu... 'O que é isso?' Comecei a tossir no mesmo instante. Olhei para um lado, o mar. Olhei para o outro, mar. Eu comecei a ficar agoniado", relembra.

Ele conta que a garganta fechou e não conseguia falar. Sentiu também uma "quentura" no corpo. "Minha cabeça já para explodir. Aí, eu fiquei dando a mão assim. Quando eu vi, uma canoa veio e me resgatou", diz.

Sintomas já duram uma semana

Duarte não conseguiu ver se foi apenas uma água-viva ou um grupo desse animal que o atacou. Ele nadava com calça e camisa de manga longa, mas, ainda assim, houve espaço para a queimadura. Quase uma semana depois do incidente, ele conta ao Terra que os sintomas persistem - e são muitos.

Foto: Arquivo Pessoal/Ricardo Duarte

"Eu sinto ainda uns calafrios. De vez em quando, vem dentro de mim uma coisa como se uma pessoa tivesse dado um choque em mim. O estômago não está legal", diz ele, que cita ainda a urina escura que só veio a melhorar recentemente.

O aposentado foi ao hospital ainda no dia em que foi resgatado pelo grupo de canoagem Kailani’s. Lá, recebeu injeções com soros, segundo ele mesmo detalha. A explicação para tantos sintomas seria a grande  quantidade de toxicinas liberadas pela água-viva.

Águas-vivas são novidade no local

Assim como Ricardo Duarte nunca tinha tido uma experiência tão próxima com uma água-viva, a empresária Máyra Dias Thé, que faz parte do grupo de canoagem Kailani’s, conta que, antes desse incidente, nunca tinha visto águas-vivas na região. Naquele dia, porém, viu "uma enxurrada" delas.

Na canoa, estavam quatro mulheres e dois homens, integrantes da equipe técnica do grupo. Uma delas era enfermeira e o orientou a ir imediatamente para um hospital.
Na canoa, estavam quatro mulheres e dois homens, integrantes da equipe técnica do grupo. Uma delas era enfermeira e o orientou a ir imediatamente para um hospital.
Foto: Arquivo Pessoal/Máyra Dias

"A gente vinha treinando e já tinha água-viva lá. Então, era muita água-viva. Pra mim que estava de fora, assim, né? Da canoa dava pra ver demais. Eu não entendi. Eu fiquei confusa", conta.

Apesar do susto, nenhum dos dois quer se afastar do mar. Mesmo sofrendo com os sintomas, Ricardo Duarte reluta em se manter em repouso. "Amanhã eu vou dar umas braçadas na frente. Só para ver como é que eu vou me comportar", diz, prometendo que não vai se aventurar mar adentro enquanto não estiver recuperado.

Quando os sintomas passarem, porém, ninguém segura ele.

"Vou fazer daqui 3 meses uma jornada de 15 km dentro do mar. Eu perdi o medo faz muitos anos. quando eu to no mar, eu me sinto bem, eu nado muito bem.... Nadei em açude, nadei em piscina, ganhei medalhas, mas o forte é o mar. Quando eu não vejo mais a terra é que eu me sinto bem", diz.

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Fonte: Redação Terra
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