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Nível do Rio Negro volta a patamar normal após queda histórica, mas Amazonas ainda sofre com seca

Em outubro do ano passado, o Rio Negro chegou a atingir 12,70 metros - menor patamar em 121 anos

7 fev 2024 - 22h10
(atualizado às 23h14)
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Resumo
O Rio Negro chegou ao nível normal de 21,50 metros nesta quarta-feira, após a maior baixa histórica alcançada em outubro de 2023 devido à estiagem no Amazonas. Todos os municípios estão em situação de emergência e o fenômeno El Niño foi citado como um dos responsáveis pela seca.
Foto: Divulgação/Governo Federal

O Rio Negro atingiu 21,50 metros nesta quarta-feira, 7, nível considerado normal, segundo o Sistema Geológico do Brasil (SGB). Desde quando atingiu a maior baixa desde 1902, em 26 de outubro do ano passado, quando bateu 12,70 metros, o Rio Negro vem enchendo gradativamente até chegar ao nível registrado nesta quarta.

Apesar da melhora significativa, o estado do Amazonas ainda sofre os efeitos da estiagem e dos focos de calor. Segundo o último boletim da estiagem publicado pelo governo estadual na última quinta-feira, 1, todos os 62 municípios do estado ainda estão em situação de emergência.

De julho de 2023 a 31 de janeiro deste ano, foram contabilizadas 159 mil famílias afetadas pela estiagem. O número representa 637 mil pessoas nessa condição.

Além disso, em 2024, o mês de janeiro teve mais que o dobro dos focos de calor que o mesmo mês do ano passado. Foram 160 focos contra 68 no mesmo período do ano anterior - mais de 3 mil incêndios também foram combatidos este ano.

Todos os rios do estado estão voltando a encher com relação a seca que atingiu a região no segundo semestre do ano passado, também de acordo com o boletim do governo. Porém, todos estão num nível intermediário, ainda distante da cota máxima dos rios.

Seca histórica

No segundo semestre do ano passado, o nível do Rio Negro caiu por dias consecutivos até chegar a 12,70 metros - pior registro em 121 anos. A explicação esteve ligada ao fenômeno do El Niño, que prolongou a intensidade da seca no Amazonas.

Fonte: Redação Terra
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