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Novembro bate recorde de calor, e 2023 será ano mais quente da história, diz observatório

Mês de novembro se tornou o sexto consecutivo de recordes de calor na Terra

6 dez 2023 - 18h00
(atualizado às 19h39)
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Termômetro registrando altas temperaturas em uma cidade brasileira
Termômetro registrando altas temperaturas em uma cidade brasileira
Foto: Foto: Istock

O mês de novembro se tornou o sexto consecutivo de recordes de calor na Terra, e o ano de 2023 será o mais quente da história, segundo divulgado por cientistas do observatório europeu Copernicus nesta quarta-feira, 6. 

De acordo com o observatório, a temperatura média do ar de superfície em novembro foi de 14,22°C, superando em 0,85°C a média de outros novembros avaliados entre 1991-2020. Além disso, o mês apresentou um aumento de 0,32°C em relação a novembro de 2020, que era considerado, até então, o mais quente.

"As extraordinárias temperaturas globais de novembro, incluindo dois dias mais quentes do que 2ºC acima do período pré-industrial, significam que 2023 é o ano mais quente já registrado na história", disse Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus. 

Em comparação com a temperatura média nos meses de novembro durante o período pré-industrial (1850-1900), a excepcional medição em novembro de 2023 destaca-se ainda mais, apresentando um aumento de aproximadamente 1,75°C. De janeiro a novembro, a média global de temperatura atingiu seu nível mais alto registrado, superando em 1,46°C a média do período pré-industrial. Esse valor também ultrapassa a média dos onze primeiros meses de 2016, anteriormente considerado o ano mais quente.

Os dados são divulgados em meio à realização da Cúpula do Clima (COP-28) das Nações Unidas, iniciada na quinta-feira, 30, em Dubai. O aumento dos lançamentos de gases do efeito estufa na atmosfera atinge níveis recordes, e, apesar de governos e empresas anunciarem iniciativas de transição energética, a lentidão nas mudanças decepciona os cientistas, que observam um consumo insustentável de combustíveis fósseis.

A escolha dos Emirados Árabes Unidos, um dos principais produtores globais de petróleo, como sede da conferência climática deste ano intensifica a preocupação em relação ao comprometimento com uma economia descarbonizada. Adicionalmente, nações mais desenvolvidas prometem apoiar os países mais vulneráveis na adaptação às mudanças climáticas, mas têm resistido em aumentar significativamente os recursos destinados a esse fim, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo

A conferência tem como principal propósito avaliar os avanços alcançados para conter o aumento da temperatura global a um máximo de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais (anteriores a 1850). Ultrapassar esse limite tornaria extremamente desafiadora a capacidade de adaptação humana a eventos como ondas de calor, secas, tempestades e incêndios cada vez mais frequentes. De acordo com o jornal, com um aumento médio de 1,2°C nas temperaturas, muitos cientistas consideram agora praticamente impossível manter um nível aceitável.

Fonte: Redação Terra
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