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O que 6 cidades precisaram fazer para reduzir a poluição do ar; saiba como

Estudo de caso mostra como monitoramento e planos de ação contribuíram para reduzir emissões em locais com diferentes problemas e realidade socioeconômicas

16 out 2024 - 17h00
(atualizado em 22/10/2024 às 15h19)
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Para além da fumaça das queimadas, outros poluentes presentes no ar prejudicam a saúde e a qualidade de vida da população que vive em grandes cidades brasileiras. Poluentes advindos de veículos automotores, da indústria e de outras origens afetam diretamente o dia a dia dos cidadãos.

Trata-se de um problema global: estudo veiculado neste ano pela organização americana Instituto de Efeitos na Saúde (HEI na sigla em inglês) em parceria com o Unicef estima, por exemplo, que 8,1 milhões de pessoas morreram de causas relacionadas à poluição atmosférica somente em 2021. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que cerca de 99% da população respira um ar com alto nível de poluentes.

Foi diante dessa realidade que algumas localidades pelo mundo tomaram decisões essenciais para enfrentar a poluição do ar. E, em alguns casos, deu certo. Seis desses municípios foram selecionados como exemplos bem-sucedidos pela organização global de saúde Vital Strategies (em parceria com a Clean Air Fund), em um estudo divulgado na última Conferência das Nações Unidas Sobre Mudança Climática (COP 28), em dezembro.

"A vitória na ação judicial dos cidadãos foi um passo significativo para tornar a qualidade do ar uma prioridade política", diz um trecho do estudo. "Mesmo os esforços de baixo custo na distribuição de fontes e o inventário de emissões podem produzir dados para priorizar estratégias de controle", acrescenta.

Barranquilla

A cidade colombiana começou a instalar suas primeiras estações de monitoramento da qualidade do ar em 2018. Dois anos depois, publicou o Plano Integrado de Gestão da Qualidade do Ar, com atuação intersetorial.

Essa intersecção de áreas envolveu ações conjuntas entre a secretaria de saúde e a agência municipal de meio ambiente, por exemplo, como o desenvolvimento de ações de vigilância da saúde ambiental e estimativas de impactos da poluição do ar à população. Entre as ações, estão a ampliação de áreas verdes urbanas e de incentivos à mobilidade a pé e de bicicleta e outras medidas, de modo que 93% da população passou a viver a até oito minutos a pé de um parque ou espaço similar, ainda de acordo com o relatório.

"Barranquilla está liderando pelo exemplo, preparando intervenções ousadas que integram melhorias na poluição do ar e promoção da saúde", destaca o documento.

Accra

Com uma poluição do ar atribuída especialmente a veículos, esta cidade de Gana implementou um programa chamado Iniciativa de Saúde Urbana, em 2016, o qual envolveu a participação de profissionais de saúde no planejamento urbano a fim de melhor a qualidade atmosférica.

A iniciativa foi desenvolvida em parceria com a OMS, com a delimitação de seis etapas de ação: mapeamento das políticas e setores envolvidos no âmbito da qualidade do ar (como transportes, resíduos sólidos, uso da terra e energia); envolver esses setores para os perigos dos poluentes para a saúde; avaliações e estimativas de impactos à saúde e de ganhos diante da redução para o desenvolvimento de planos de ação; testagem de novas alternativas; engajar lideranças comunitárias para divulgar o custo da inação e resultados das experiências positivas; e monitoramento e rastreamento de políticas resultados.

Como exemplo, o relatório cita que Accra identificou que a adoção de gás de cozinha, biogás e energia elétrica nas casas poderia reduzir cerca de 1,9 mil mortes por ano na cidade, em vez do uso de combustíveis, por exemplo. Outro caso foi uma campanha de conscientização que chamava a população à identificação de queimas ilegais de combustíveis.

No estudo, a organização destacou que os resultados de Accra têm atraído a atenção de outras cidades africanas, que têm avaliado replicar experiências semelhantes. "Accra emergiu como líder nacional e global no combate à poluição atmosférica e na mitigação das alterações climáticas", destaca.

Estadão
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