Onze alpinistas morrem após vulcão entrar em erupção na Indonésia; 12 estão desaparecidos
Vítimas integravam um grupo que escalava o vulcão Marapi, na Ilha de Sumatra
A erupção de um dos vulcões mais ativos da Indonésia deixou ao menos 11 pessoas mortas e 12 desaparecidas nesta segunda-feira, 4, de acordo com autoridades locais. As vítimas integravam um grupo de 75 alpinistas que escalava o vulcão Marapi, localizado na província de Sumatra Ocidental, no momento da erupção.
O desastre natural aconteceu no domingo, 3, e fez com que o vulcão expelisse uma coluna de cinzas vulcânicas com três quilômetros de altura. Segundo o porta-voz da equipe de resgate, Jodi Haryawan, todos os alpinistas eram indonésios e acabaram atingidos pela erupção.
Na tarde desta segunda-feira (pela manhã, no horário de Brasília), as buscas pelos sobreviventes desaparecidos foram interrompidas por questões de segurança, afirmou Jodi. O trabalho foi retomado pela equipe ainda nesta segunda. "Ainda não decidimos quando iremos parar as buscas", disse o porta-voz.
Além dos corpos das vítimas e dos três sobreviventes, as equipes de resgate também evacuaram outros 49 alpinistas, vários deles com queimaduras. Segundo Jodi, levou ao menos seis horas para que os brigadistas retirassem apenas um dos corpos do vulcão: "É muito difícil", explicou à Reuters.
Além de receber máscaras de proteção e orientação para que não saiam de casa, os moradores da região foram orientados a não se aproximar a menos de três quilômetros da cratera. As autoridades também decretaram uma zona de exclusão ao redor do vulcão.
Considerado um dos mais ativos do arquipélago da Indonésia, o vulcão Marapi teve sua erupção mais mortal em 1979, quando 60 pessoas morreram. Em 2023, ele entrou em erupção entre janeiro e fevereiro, quando cobriu com cinzas vulcânicas uma região dentro de um raio de um quilômetro.